Desigualdade entre homens e mulheres custa US$ 95 bilhões ao ano à África Subsaariana
Nairóbi, 28 Ago 2016 (AFP) - As desigualdades entre homens e mulheres custam a cada ano cerca de 95 bilhões de dólares à África Subsaariana, afirmou neste domingo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), exigindo que o continente tome medidas para "aproveitar o potencial das mulheres".
"Lá, onde há altos níveis de desigualdade de gênero, as sociedades estão perdendo algo", lamentou Helen Clark, diretora do PNUD, em entrevista à AFP. "Quando não se explora o pleno potencial das mulheres, isto tem um custo, seja em nível de família, comunidade ou nação".
Tomando como exemplo a agricultura, Clark detalhou: "em vários casos, as mulheres não podem possuir ou herdar terras, o que torna muito difícil para elas receber dinheiro emprestado. Isto faz com que elas não tenham os meios para comprar melhores sementes, melhores fertilizantes".
"Assim, ao final, inclusive se trabalham muito duro, as mulheres produzem menos", concluiu Clark, presente em Nairóbi por motivo da sexta edição da Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento da África (TICAD).
O PNUD considerou em um comunicado que a desigualdade entre homens e mulheres custa anualmente cerca de 95 bilhões de dólares à África Subsaariana, com um pico de 105 bilhões em 2014.
"A igualdade de gênero é algo bom em si mesmo, mas, frequentemente, só quando começamos a falar de dinheiro as pessoas dizem: 'Meu Deus, isto terá consequências se nada for feito'", ironizou Clark, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia e candidata à sucessão de Ban Ki-moon como secretária-geral da ONU.
Contudo, Clark teve o cuidado de não generalizar sobre a desigualdade entre homens e mulheres em todos os países da África, elogiando os esforços realizados em Ruanda, onde vários postos de responsabilidade são ocupados por mulheres e onde 64% dos deputados são mulheres, a porcentagem mais alta do mundo.
"Uma mulher educada terá competência para participar plenamente [da sociedade]. Terá, esperamos, o poder de dizer quando se casará e com quem, e o número de filhos que terá", destacou a diretora do PNUD.
"Lá, onde há altos níveis de desigualdade de gênero, as sociedades estão perdendo algo", lamentou Helen Clark, diretora do PNUD, em entrevista à AFP. "Quando não se explora o pleno potencial das mulheres, isto tem um custo, seja em nível de família, comunidade ou nação".
Tomando como exemplo a agricultura, Clark detalhou: "em vários casos, as mulheres não podem possuir ou herdar terras, o que torna muito difícil para elas receber dinheiro emprestado. Isto faz com que elas não tenham os meios para comprar melhores sementes, melhores fertilizantes".
"Assim, ao final, inclusive se trabalham muito duro, as mulheres produzem menos", concluiu Clark, presente em Nairóbi por motivo da sexta edição da Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento da África (TICAD).
O PNUD considerou em um comunicado que a desigualdade entre homens e mulheres custa anualmente cerca de 95 bilhões de dólares à África Subsaariana, com um pico de 105 bilhões em 2014.
"A igualdade de gênero é algo bom em si mesmo, mas, frequentemente, só quando começamos a falar de dinheiro as pessoas dizem: 'Meu Deus, isto terá consequências se nada for feito'", ironizou Clark, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia e candidata à sucessão de Ban Ki-moon como secretária-geral da ONU.
Contudo, Clark teve o cuidado de não generalizar sobre a desigualdade entre homens e mulheres em todos os países da África, elogiando os esforços realizados em Ruanda, onde vários postos de responsabilidade são ocupados por mulheres e onde 64% dos deputados são mulheres, a porcentagem mais alta do mundo.
"Uma mulher educada terá competência para participar plenamente [da sociedade]. Terá, esperamos, o poder de dizer quando se casará e com quem, e o número de filhos que terá", destacou a diretora do PNUD.
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