Telefónica anuncia queda de 14% no lucro em 2016 após reestruturação
Madri, 23 Fev 2017 (AFP) - A gigante espanhola das telecomunicações Telefónica anunciou nesta quinta-feira uma queda no lucro líquido de quase 14% em 2016, a 2,36 bilhões de euros, afetado sobretudo pelos custos da reestruturação da empresa.
Sem o impacto, o lucro líquido teria alcançado 4 bilhões de euros, informa a Telefónica em um comunicado. Os analistas entrevistados pela consultoria Factset esperavam um resultado líquido de EUR 3,1 bilhões.
Durante o ano, o grupo reservou 1,4 bilhão de euros para enfrentar a reestruturação, contra 3,2 bilhões em 2015.
Na Espanha, a provisão foi de 856 milhões, principalmente pela "prorrogação até 2018 do plano voluntário de suspensão do emprego", explica a Telefónica no comunicado.
Entre dezembro de 2015 e o mesmo mês 2016, a Telefónica cortou 13% de seu número de empregados na Espanha e o pessoal ficou em 28.000.
A Telefónica assegura que a reestruturación permitirá, a partir de 2019, uma economia anual média de 100 milhões de euros.
Na Espanha, o primeiro mercado do grupo, o faturamento aumentou 2,5% graças principalmente às ofertas combinadas de televisão e telefone.
As vendaqs também progrediram no Brasil (+0,3%), mas retrocederam no Reino Unido (-12,5%) e Alemanha (-5%).
Apesar do grande endividamento, o grupo conseguiu reduzir a dívida líquida financeira em 2016 a 48,595 bilhões de euros. Em 2015 superava EUR 49 bilhões.
O faturamento em 2016 foi de 52 bilhões de euros, 10,2% a mais que no ano anterior.
- Estancamento em 2017 -O impacto desfavorável das taxas de câmbio, em particular no Brasil e Reino Unido, custou 835 milhões de euros em 2016 ao grupo, mas esta tendência se reduziu no final do ano.
O resultado operacional antes das amortizações (Oibda), referência dos analistas para a Telefónica, progrediu 14%, a 15,118 milhões de euros.
Os dados foram bem recebidos na bolsa de Madri, onde a ação fechou com uma alta de 1,80%, e 9,52 euros.
Mas o endividamento continua sendo um quebra-cabeças para a Telefónica. Para ajudar a aliviar a situação, a multinacional acaba de vender 40% de sua filial Telxius para o fundo de investimentos KKR, por 1,275 bilhão de euros.
Para arrecadar dinheiro fresco, a Telefónica não exclui tirar da bolsa sua filial britânica O2. A princípio, queria vendê-la ao conglomerado de Hong Kong Hutchison Whampoa, mas a Comissã Europeia o proibiu por temer um aumento dos preços para os consumidores del Reino Unido.
Em 2017, a Telefónica não espera que a situação melhore muito, e nessa linha prevê que o volume de negócios se mantenha estável.
O presidente executivo, José María Álvarez-Pallete, disse, em um comunicado, que se preocupa com o impacto regulatório vinculado ao fim dos custos de "roaming" de dados, que serão suprimidos de forma definitiva em junho na União Europeia (UE).
emi/fp/cn
TELEFONICA
Sem o impacto, o lucro líquido teria alcançado 4 bilhões de euros, informa a Telefónica em um comunicado. Os analistas entrevistados pela consultoria Factset esperavam um resultado líquido de EUR 3,1 bilhões.
Durante o ano, o grupo reservou 1,4 bilhão de euros para enfrentar a reestruturação, contra 3,2 bilhões em 2015.
Na Espanha, a provisão foi de 856 milhões, principalmente pela "prorrogação até 2018 do plano voluntário de suspensão do emprego", explica a Telefónica no comunicado.
Entre dezembro de 2015 e o mesmo mês 2016, a Telefónica cortou 13% de seu número de empregados na Espanha e o pessoal ficou em 28.000.
A Telefónica assegura que a reestruturación permitirá, a partir de 2019, uma economia anual média de 100 milhões de euros.
Na Espanha, o primeiro mercado do grupo, o faturamento aumentou 2,5% graças principalmente às ofertas combinadas de televisão e telefone.
As vendaqs também progrediram no Brasil (+0,3%), mas retrocederam no Reino Unido (-12,5%) e Alemanha (-5%).
Apesar do grande endividamento, o grupo conseguiu reduzir a dívida líquida financeira em 2016 a 48,595 bilhões de euros. Em 2015 superava EUR 49 bilhões.
O faturamento em 2016 foi de 52 bilhões de euros, 10,2% a mais que no ano anterior.
- Estancamento em 2017 -O impacto desfavorável das taxas de câmbio, em particular no Brasil e Reino Unido, custou 835 milhões de euros em 2016 ao grupo, mas esta tendência se reduziu no final do ano.
O resultado operacional antes das amortizações (Oibda), referência dos analistas para a Telefónica, progrediu 14%, a 15,118 milhões de euros.
Os dados foram bem recebidos na bolsa de Madri, onde a ação fechou com uma alta de 1,80%, e 9,52 euros.
Mas o endividamento continua sendo um quebra-cabeças para a Telefónica. Para ajudar a aliviar a situação, a multinacional acaba de vender 40% de sua filial Telxius para o fundo de investimentos KKR, por 1,275 bilhão de euros.
Para arrecadar dinheiro fresco, a Telefónica não exclui tirar da bolsa sua filial britânica O2. A princípio, queria vendê-la ao conglomerado de Hong Kong Hutchison Whampoa, mas a Comissã Europeia o proibiu por temer um aumento dos preços para os consumidores del Reino Unido.
Em 2017, a Telefónica não espera que a situação melhore muito, e nessa linha prevê que o volume de negócios se mantenha estável.
O presidente executivo, José María Álvarez-Pallete, disse, em um comunicado, que se preocupa com o impacto regulatório vinculado ao fim dos custos de "roaming" de dados, que serão suprimidos de forma definitiva em junho na União Europeia (UE).
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