Congresso americano votará sanções contra Rússia, atando as mãos de Trump
Washington, 23 Jul 2017 (AFP) - O Congresso americano chegou neste fim de semana a um acordo inicial para votar na próxima semana as novas sanções contra Rússia, Irã e Coreia do Norte, iniciativa que Donald Trump resiste, embora a Casa Branca tenha anunciado neste domingo que o presidente a apoiará.
O Senado adotou quase por unanimidade em 15 de junho uma proposta de lei de sanções contra a Rússia e o Irã, mas o texto estava bloqueado desde então na Câmara dos Representantes, onde as negociações finalmente chegaram a um bom termo no sábado.
A Câmara votará na terça-feira uma lei sancionando não apenas a Rússia, especialmente por sua suposta ingerência na campanha presidencial americana e pela anexação da Crimeia, e o Irã, como também a Coreia do Norte por seus recentes lançamentos de mísseis balísticos.
O texto era objeto de resistência por parte da Casa Branca porque pretende atar as mãos de Donald Trump para impedir, eventualmente, que retire as sanções existentes contra Moscou.
O presidente americano, suspeito de ter simpatia por Vladimir Putin, seria colocado de fato sob a vigilância do Congresso.
Diante do quase consenso do Congresso, controlado pelo Partido Republicano, a Casa Branca informou neste domingo sobre o apoio de Donald Trump às sanções.
"Apoiamos a legislação atual e continuaremos trabalhando com a Câmara de Representantes e o Senado para impor sanções severas contra a Rússia até que a situação na Ucrânia se resolva plenamente", declarou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, à emissora ABC.
Entretanto, o diretor de Comunicações, Anthony Scaramucci, não foi tão categórico em outra emissora e não foi claro se Trump promulgará a medida em caso de adoção.
"Ele ainda não tomou a decisão de assinar ou não a lei", disse à CNN.
Embora o presidente tenha se oposto, o Congresso poderia derrubar o seu veto com uma maioria de dois terços.
"Se ele usar o seu veto, o venceremos", assegurou o senador Ben Cardin à Fox, convencido de que a lei será aceita por ampla maioria.
Uma vez adotada pela Câmara, o Senado voltará a votar, sem dúvida, antes das férias de meados de agosto.
Na Europa, essa iniciativa unilateral do Congresso americano gera inquietação.
Um porta-voz da Comissão Europeia assinalou que a lei em preparação "era principalmente motivada por considerações internas".
"As sanções funcionam melhor quando são coordenadas", advertiu. "Atualmente nossos regimes de sanções estão coordenados", acrescentou, manifestando a sua preocupação de que as novas sanções americanas tenham "consequências não desejadas".
Concretamente, Berlim protestou contra a inclusão, inicialmente, de sanções contra o projeto de gasoduto Nord Stream 2, que une a Rússia com a Alemanha passando pelo mar Báltico.
O líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, fez alusão a essas preocupações ao indicar que o texto manteria "o acesso de nossos aliados europeus a recursos energéticos importantes no exterior da Rússia".
O Senado adotou quase por unanimidade em 15 de junho uma proposta de lei de sanções contra a Rússia e o Irã, mas o texto estava bloqueado desde então na Câmara dos Representantes, onde as negociações finalmente chegaram a um bom termo no sábado.
A Câmara votará na terça-feira uma lei sancionando não apenas a Rússia, especialmente por sua suposta ingerência na campanha presidencial americana e pela anexação da Crimeia, e o Irã, como também a Coreia do Norte por seus recentes lançamentos de mísseis balísticos.
O texto era objeto de resistência por parte da Casa Branca porque pretende atar as mãos de Donald Trump para impedir, eventualmente, que retire as sanções existentes contra Moscou.
O presidente americano, suspeito de ter simpatia por Vladimir Putin, seria colocado de fato sob a vigilância do Congresso.
Diante do quase consenso do Congresso, controlado pelo Partido Republicano, a Casa Branca informou neste domingo sobre o apoio de Donald Trump às sanções.
"Apoiamos a legislação atual e continuaremos trabalhando com a Câmara de Representantes e o Senado para impor sanções severas contra a Rússia até que a situação na Ucrânia se resolva plenamente", declarou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, à emissora ABC.
Entretanto, o diretor de Comunicações, Anthony Scaramucci, não foi tão categórico em outra emissora e não foi claro se Trump promulgará a medida em caso de adoção.
"Ele ainda não tomou a decisão de assinar ou não a lei", disse à CNN.
Embora o presidente tenha se oposto, o Congresso poderia derrubar o seu veto com uma maioria de dois terços.
"Se ele usar o seu veto, o venceremos", assegurou o senador Ben Cardin à Fox, convencido de que a lei será aceita por ampla maioria.
Uma vez adotada pela Câmara, o Senado voltará a votar, sem dúvida, antes das férias de meados de agosto.
Na Europa, essa iniciativa unilateral do Congresso americano gera inquietação.
Um porta-voz da Comissão Europeia assinalou que a lei em preparação "era principalmente motivada por considerações internas".
"As sanções funcionam melhor quando são coordenadas", advertiu. "Atualmente nossos regimes de sanções estão coordenados", acrescentou, manifestando a sua preocupação de que as novas sanções americanas tenham "consequências não desejadas".
Concretamente, Berlim protestou contra a inclusão, inicialmente, de sanções contra o projeto de gasoduto Nord Stream 2, que une a Rússia com a Alemanha passando pelo mar Báltico.
O líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, fez alusão a essas preocupações ao indicar que o texto manteria "o acesso de nossos aliados europeus a recursos energéticos importantes no exterior da Rússia".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.