Governo do Chile entra em crise a três meses das presidenciais
Santiago, 31 Ago 2017 (AFP) - A equipe econômica da presidente do Chile, Michelle Bachelet, renunciou nesta quinta-feira, criando uma profunda crise apenas três meses antes das eleições presidenciais.
Com as renúncias dos ministros da Fazenda, Rodrigo Valdés, de Economia, Luis Felipe Céspedes, e do subsecretário da Fazenda, Alejandro Micco, Bachelet foi obrigada a realizar seu novo ajuste ministerial.
As demissões são fruto de desavenças com a presidente socialista sobre a reforma da Previdência e um projeto de mineração.
Valdés é o segundo chefe das finanças públicas no mandato de Bachelet, algo insólito, já que as alterações neste cargo foram muito raras desde a redemocratização, em 1990.
No lugar de Váldez, assume o atual ministro geral da Presidência, Nicolás Eyzaguirre, que já desempenhou esse cargo no governo de Ricardo Lagos (2000-2006). Jorge Rodríguez, presidente do Banco Estado, vai assumir o Ministério da Economia.
O novo ministro da Fazenda garantiu que sua prioridade vai ser "o crescimento econômico com uma política fiscal muito conservadora".
A demissão da equipe econômica revelou profundas desavenças dentro da gestão de Bachelet, iniciadas com o projeto de reforma do sistema de aposentadoria - legado da ditadura de Pinochet - e que culminaram, há dez dias, na proibição de um projeto milionário de investimento em mineração em Dominga, no norte do país.
Segundo analistas, a equipe econômica teria escondido de Bachelet um informe sobre a produtividade econômica elaborado para analisar o impacto da reforma da aposentadoria, que introduz uma taxação de 5% para os empregadores para complementar os 10% dos empregados ao sistema de capitalização individual.
No caso do projeto de mineração, a equipe econômica tinha se mostrado favorável ao investimento de quase 2,5 bilhões de dólares nas redondezas de uma região de proteção ambiental, mas economicamente carente. Bachelet respaldou publicamente o ministro de Meio Ambiente, Marcelo Mena, que liderou as críticas à iniciativa.
"As cifras econômicas começam a mostrar um maior dinamismo; avançar sustentavelmente a níveis menores de crescimento requer disciplina e decisão do governo e espaço para que o setor privado possa arrancar sua iniciativa com regras claras e estáveis", explicou Valdés em sua renúncia.
Mas ele acredita que não conseguiu "que todos compartilhassem desta convicção", completou.
Minutos antes da renúncia de Valdés, Bachelet tinha mandado um recado público: "Não concebo o desenvolvido às custas das pessoas, em que só os números importam".
Com as renúncias dos ministros da Fazenda, Rodrigo Valdés, de Economia, Luis Felipe Céspedes, e do subsecretário da Fazenda, Alejandro Micco, Bachelet foi obrigada a realizar seu novo ajuste ministerial.
As demissões são fruto de desavenças com a presidente socialista sobre a reforma da Previdência e um projeto de mineração.
Valdés é o segundo chefe das finanças públicas no mandato de Bachelet, algo insólito, já que as alterações neste cargo foram muito raras desde a redemocratização, em 1990.
No lugar de Váldez, assume o atual ministro geral da Presidência, Nicolás Eyzaguirre, que já desempenhou esse cargo no governo de Ricardo Lagos (2000-2006). Jorge Rodríguez, presidente do Banco Estado, vai assumir o Ministério da Economia.
O novo ministro da Fazenda garantiu que sua prioridade vai ser "o crescimento econômico com uma política fiscal muito conservadora".
A demissão da equipe econômica revelou profundas desavenças dentro da gestão de Bachelet, iniciadas com o projeto de reforma do sistema de aposentadoria - legado da ditadura de Pinochet - e que culminaram, há dez dias, na proibição de um projeto milionário de investimento em mineração em Dominga, no norte do país.
Segundo analistas, a equipe econômica teria escondido de Bachelet um informe sobre a produtividade econômica elaborado para analisar o impacto da reforma da aposentadoria, que introduz uma taxação de 5% para os empregadores para complementar os 10% dos empregados ao sistema de capitalização individual.
No caso do projeto de mineração, a equipe econômica tinha se mostrado favorável ao investimento de quase 2,5 bilhões de dólares nas redondezas de uma região de proteção ambiental, mas economicamente carente. Bachelet respaldou publicamente o ministro de Meio Ambiente, Marcelo Mena, que liderou as críticas à iniciativa.
"As cifras econômicas começam a mostrar um maior dinamismo; avançar sustentavelmente a níveis menores de crescimento requer disciplina e decisão do governo e espaço para que o setor privado possa arrancar sua iniciativa com regras claras e estáveis", explicou Valdés em sua renúncia.
Mas ele acredita que não conseguiu "que todos compartilhassem desta convicção", completou.
Minutos antes da renúncia de Valdés, Bachelet tinha mandado um recado público: "Não concebo o desenvolvido às custas das pessoas, em que só os números importam".
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