Estudo mapeia dependência da África subsaariana da China
Paris, 7 Nov 2017 (AFP) - Os países da África subsaariana estão ficando mais dependentes da China como mercado de exportação, tornando-se mais vulneráveis a mudanças na economia da potência asiática, aponta um estudo publicado nesta terça-feira (7).
"Não há dúvidas acerca da forte dependência da China por países que produzem petróleo e minerais", disse Ruben Nizard, economista e especialista em África subsaariana na empresa de serviços financeiros francesa Coface.
Nizard é um dos autores do estudo sobre as relações comerciais entre China e países africanos nos últimos anos, um período em que a necessidade da economia chinesa de matérias-primas levaram a uma ampliação em seu interesse pelo continente.
Mas o reequilíbrio da economia asiática em direção ao setor de serviços provocou uma queda nos preços da commodities em 2014, mostrando o risco da dependência exagerada da China.
As exportações africanas caíram pela metade desde 2014, quando alcançaram o recorde de 111,7 bilhões de dólares - com o petróleo no seu auge.
Isso levou a região a um déficit comercial com a China, e o estudo do Coface disse que "ainda há muito trabalho a ser feito para essa relação se tornar uma cooperação boa para todos".
Nizard disse que os países exportadores de petróleo são os mais vulneráveis. Dois deles - Sudão do Sul e Angola - estão no topo do ranking do Coface de nações africanas dependentes da China como mercado para suas exportações.
Países que produzem minerais, como Congo e Eritreia, também estavam entre os cinco primeiros, bem como a Gâmbia, exportadora de madeira.
A dependência da China não é motivo para pessimismo, já que há outras opções para esses países.
"Capturar uma parte do valor adicionado às matérias-primas é uma opção interessante que poderia permitir o rápido desenvolvimento na África", afirmou.
arz/rl/jh/ll
COFACE
"Não há dúvidas acerca da forte dependência da China por países que produzem petróleo e minerais", disse Ruben Nizard, economista e especialista em África subsaariana na empresa de serviços financeiros francesa Coface.
Nizard é um dos autores do estudo sobre as relações comerciais entre China e países africanos nos últimos anos, um período em que a necessidade da economia chinesa de matérias-primas levaram a uma ampliação em seu interesse pelo continente.
Mas o reequilíbrio da economia asiática em direção ao setor de serviços provocou uma queda nos preços da commodities em 2014, mostrando o risco da dependência exagerada da China.
As exportações africanas caíram pela metade desde 2014, quando alcançaram o recorde de 111,7 bilhões de dólares - com o petróleo no seu auge.
Isso levou a região a um déficit comercial com a China, e o estudo do Coface disse que "ainda há muito trabalho a ser feito para essa relação se tornar uma cooperação boa para todos".
Nizard disse que os países exportadores de petróleo são os mais vulneráveis. Dois deles - Sudão do Sul e Angola - estão no topo do ranking do Coface de nações africanas dependentes da China como mercado para suas exportações.
Países que produzem minerais, como Congo e Eritreia, também estavam entre os cinco primeiros, bem como a Gâmbia, exportadora de madeira.
A dependência da China não é motivo para pessimismo, já que há outras opções para esses países.
"Capturar uma parte do valor adicionado às matérias-primas é uma opção interessante que poderia permitir o rápido desenvolvimento na África", afirmou.
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