Mais de 20 mil fazendas na França podem quebrar com acordo UE-Mercosul
Paris, 23 Fev 2018 (AFP) - Mais de 20.000 fazendas francesas poderiam quebrar se a União Europeia concluir um importante acordo comercial com o Mercosul, alertou nesta sexta-feira o maior sindicato agrícola da França.
Christiane Lambert, presidente da Federação Nacional de Sindicatos de Proprietários Agrícolas (FNSEA), garante que a França corre o risco de perder "entre 20 mil e 25 mil fazendas" se a UE assinar o acordo, que permitiria a entrada no bloco europeu de 99 mil toneladas de carne do Mercosul com tarifas aduaneiras reduzidas.
A representante sindical apontou ainda que não entende "obstinação" do Executivo francês de autorizar a entrada na Europa de carne "cujo preço será 30% menor" que o da carne produzida na França.
Lambert expressou também inquietação com a ausência de "garantias sanitárias" da carne proveniente dos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai).
A UE e o Mercosul retomaram, nesta semana, em Assunção, as discussões sobre um tratado de livre-comércio negociado há quase 20 anos. Esta rodada poderia ser concluída no começo de março com um anúncio sobre um acordo.
Até então, um dos maiores obstáculos à assinatura é a abertura do mercado europeu à carne do bloco sul-americano, sobretudo na França, onde agropecuaristas temem a chegada de novos produtos com preços mais competitivos. Eles também receiam a entrada de carne tratada com hormônios, sem rastreabilidade completa de sua cadeia de produção.
Centenas de agropecuaristas franceses foram às ruas e estradas nesta quarta-feira com gado e tratores em repúdio ao potencial acordo com o Mercosul.
Christiane Lambert, presidente da Federação Nacional de Sindicatos de Proprietários Agrícolas (FNSEA), garante que a França corre o risco de perder "entre 20 mil e 25 mil fazendas" se a UE assinar o acordo, que permitiria a entrada no bloco europeu de 99 mil toneladas de carne do Mercosul com tarifas aduaneiras reduzidas.
A representante sindical apontou ainda que não entende "obstinação" do Executivo francês de autorizar a entrada na Europa de carne "cujo preço será 30% menor" que o da carne produzida na França.
Lambert expressou também inquietação com a ausência de "garantias sanitárias" da carne proveniente dos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai).
A UE e o Mercosul retomaram, nesta semana, em Assunção, as discussões sobre um tratado de livre-comércio negociado há quase 20 anos. Esta rodada poderia ser concluída no começo de março com um anúncio sobre um acordo.
Até então, um dos maiores obstáculos à assinatura é a abertura do mercado europeu à carne do bloco sul-americano, sobretudo na França, onde agropecuaristas temem a chegada de novos produtos com preços mais competitivos. Eles também receiam a entrada de carne tratada com hormônios, sem rastreabilidade completa de sua cadeia de produção.
Centenas de agropecuaristas franceses foram às ruas e estradas nesta quarta-feira com gado e tratores em repúdio ao potencial acordo com o Mercosul.
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