Empresa norueguesa de alumínio é obrigada a reduzir produção no Brasil
Brasília, 28 Fev 2018 (AFP) - O grupo norueguês de alumínio Norsk Hydro foi obrigado a reduzir em 50% a produção em sua fábrica brasileira Alunorte, a maior do mundo, após uma ordem das autoridades locais que o acusam de danos ambientais, anunciou a empresa nesta quarta-feira (28).
O não cumprimento custará à empresa uma multa diária de um milhão de reais e poderia levar à prisão o responsável por desobedecer a ordem judicial, segundo um juiz paraense.
As autoridades brasileiras suspeitam que a empresa tenha contaminado a água do município de Barcarena, no Pará, com resíduos de bauxita que teriam transbordado do depósito da fábrica após fortes chuvas entre 16 e 17 de fevereiro.
O grupo norueguês, que não conseguiu reduzir o nível das águas residuais no prazo estabelecido, indicou que foi notificado pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará da obrigação de reduzir sua produção em 50% na Alunorte antes de 1º de março.
O magistrado ordenou nesta quarta que a empresa cumpra esta redução imediatamente e também suspendeu o uso do depósito até que a empresa comprove "sua capacidade operacional (...) e todos os demais requisitos técnicos adequados a um padrão de chuvas", segundo o despacho publicado pelo tribunal.
A Hydro Alunorte afirmou em nota enviada à AFP que "está analisando a decisão da Justiça, as medidas necessárias para implementá-las e seus possíveis impactos na operação".
De acordo com um laudo do instituto científico Evandro Chagas - dependente do Ministério de Saúde Pública -, o transbordamento do "lodo vermelho" registrado após as chuvas pode implicar riscos para pescadores e outras comunidades amazônicas próximas à fábrica, já que a água que habitualmente usam para beber e tomar banho apresentou níveis elevados de alumínio e de metais tóxicos, embora em menor concentração.
O relatório também apontou para a existência de um "duto clandestino" com o qual a Hydro Alunorte teria tentado evacuar parte dos resíduos, posto que a capacidade do depósito estava superada.
A Alunorte, 92,1% propriedade da Norsk Hydro, produz 5,8 milhões de toneladas de alumina ao ano. A alumina, extraída da bauxita, é a matéria-prima para produzir o alumínio.
A gestão dos dejetos de mineração se tornou um tema sensível no Brasil, que em 2015 viveu a pior tragédia ambiental de sua história, quando se rompeu a barragem que continha quase 40 milhões de metros cúbicos de resíduos de minérios em Mariana, Minas Gerais.
A onda de lama matou 19 pessoas, arrasou várias localidade e percorreu mais de 600 quilômetros pelo Rio Doce, até o Oceano Atlântico, devastando fauna e flora em sua passagem.
bur-mel/csc/gm/cb
NORSK HYDRO
O não cumprimento custará à empresa uma multa diária de um milhão de reais e poderia levar à prisão o responsável por desobedecer a ordem judicial, segundo um juiz paraense.
As autoridades brasileiras suspeitam que a empresa tenha contaminado a água do município de Barcarena, no Pará, com resíduos de bauxita que teriam transbordado do depósito da fábrica após fortes chuvas entre 16 e 17 de fevereiro.
O grupo norueguês, que não conseguiu reduzir o nível das águas residuais no prazo estabelecido, indicou que foi notificado pela Secretaria de Meio Ambiente do Pará da obrigação de reduzir sua produção em 50% na Alunorte antes de 1º de março.
O magistrado ordenou nesta quarta que a empresa cumpra esta redução imediatamente e também suspendeu o uso do depósito até que a empresa comprove "sua capacidade operacional (...) e todos os demais requisitos técnicos adequados a um padrão de chuvas", segundo o despacho publicado pelo tribunal.
A Hydro Alunorte afirmou em nota enviada à AFP que "está analisando a decisão da Justiça, as medidas necessárias para implementá-las e seus possíveis impactos na operação".
De acordo com um laudo do instituto científico Evandro Chagas - dependente do Ministério de Saúde Pública -, o transbordamento do "lodo vermelho" registrado após as chuvas pode implicar riscos para pescadores e outras comunidades amazônicas próximas à fábrica, já que a água que habitualmente usam para beber e tomar banho apresentou níveis elevados de alumínio e de metais tóxicos, embora em menor concentração.
O relatório também apontou para a existência de um "duto clandestino" com o qual a Hydro Alunorte teria tentado evacuar parte dos resíduos, posto que a capacidade do depósito estava superada.
A Alunorte, 92,1% propriedade da Norsk Hydro, produz 5,8 milhões de toneladas de alumina ao ano. A alumina, extraída da bauxita, é a matéria-prima para produzir o alumínio.
A gestão dos dejetos de mineração se tornou um tema sensível no Brasil, que em 2015 viveu a pior tragédia ambiental de sua história, quando se rompeu a barragem que continha quase 40 milhões de metros cúbicos de resíduos de minérios em Mariana, Minas Gerais.
A onda de lama matou 19 pessoas, arrasou várias localidade e percorreu mais de 600 quilômetros pelo Rio Doce, até o Oceano Atlântico, devastando fauna e flora em sua passagem.
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