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Carro autônomo do Uber não ativou freio de emergência em acidente no Arizona

24/05/2018 14h35

Washington, 24 Mai 2018 (AFP) - Um automóvel autônomo do Uber que atropelou e matou uma mulher no Arizona em março detectou a vítima seis segundos antes do acidente, mas não ativou o freio de emergência, indicou nesta quinta-feira um relatório da agência reguladora dos transportes.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) não aponta em seu relatório preliminar culpados do acidente fatal ocorrido em março em Tempe, no Arizona.

Mas, ao mesmo tempo, indica que os engenheiros do Uber tinham desativado o sistema de frenagem automática de emergência "para reduzir o potencial de comportamento errático do veículo".

O relatório afirma que o sistema de condução autônoma determinou que a frenagem de emergência era necessária 1,3 segundo antes do impacto.

A pessoa no assento do motorista freou menos de um segundo antes do impacto, sem conseguir evitar a mulher.

O NTSB disse que seus relatórios preliminares geralmente não determinam a causa provável de um acidente, e que "todos os aspectos do acidente permanecem sob investigação".

O relatório acrescenta que a mulher usava roupas escuras e empurrava uma bicicleta que não tinha refletores laterais quando atravessou uma estrada que não estava iluminada.

Os resultados dos testes toxicológicos da vítima "deram positivos para metanfetamina e maconha", acrescentou o relatório.

Uber afirmou em uma declaração que coopera com a investigação.

"Nos últimos dois meses, trabalhamos em estreita colaboração com o NTSB", garantiu um porta-voz da empresa. "À medida que a investigação continua, iniciamos nossa própria revisão de segurança de nosso programa de veículos autônomos", acrescentou.

Uber, que suspendeu seus testes de direção autônoma em várias partes dos Estados Unidos após o acidente, anunciou que espera retomar a operação na Califórnia e em outras áreas, mas indicou que não iria recomeçar no Arizona.

O relatório do NTSB observa que um programa do automóvel detectou a mulher "cerca de seis segundos antes do impacto", quando o veículo estava trafegando a 69 quilômetros por hora, e que o software "classificou o pedestre como um objeto desconhecido".

Ele acrescentou que o sistema "não foi projetado para alertar o operador", que deve "intervir e agir" em caso de emergência.