Brasil cresce no primeiro trimestre, mas não alivia os mercados
Rio de Janeiro, 30 Mai 2018 (AFP) - A economia do Brasil cresceu 0,4% no primeiro trimestre, em relação ao último de 2017, um dado que mal consegue aliviar a situação do presidente Michel Temer, debilitado pela greve dos caminhoneiros, que levou analistas a reduzirem suas previsões para 2018.
O resultado, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi positivo em todos componentes do PIB, exceto os gastos governamentais - o que não é necessariamente ruim para Temer, que defende a bandeira do ajuste fiscal.
Contudo, o ritmo de crescimento é considerado fraco pela maioria dos analistas, que avaliam o impacto na economia da greve dos caminhoneiros e da incerteza acerca das eleições presidenciais de outubro.
"O crescimento trimestral de 0,4% do PIB brasileiro é modesto, mas pode aliviar preocupações sobre a estagnação econômica", resumiu o instituto de pesquisa Capital Economics.
"Separadamente, a demanda doméstica parece estar em boa forma. O consumo das famílias expandiu-se em 0,5%, ante o crescimento de 0,1% no quarto trimestre [de 2017], e os investimentos em capital fixo cresceram pelo quarto trimestre consecutivo. As incertezas eleitorais ainda não dissuadiram as empresas de investir", acrescentou.
- Previsões em baixa -Em comparação com o primeiro trimestre de 2017, o PIB da brasileiro - que em 2017 saiu de dois anos de recessão (+1%), registrou um aumento de 1,2%. E no acumulado de quatro trimestre, a expansão é de 1,3%.
Para Sérgio Vale, economista-chefe da consultoria MB Investimentos, esse resultado "virou notícia velha automaticamente" e não muda em nada as expectativas para este ano - com pressão adicional para baixo diante das tensões sociais que o país atravessa.
O governo já reduziu, neste mês, mas antes da greve dos caminhoneiros, suas previsões de crescimento para este ano, de 2,97% a 2,5%. O mercado reduziu a perspectiva a 2,37%. Agora, muitos apostam por em uma expansão inferior a 2%. Sergio Vale reduziu a sua para 1,9%.
"Após a crise dos caminhoneiros vai ser difícil ter um crescimento favorável. E com uma eleição extremamente incerta, com um risco muito grande do que poderia acontecer na economia a partir de 2019", afirmou o economista à AFP.
"Um componente político importante para tirar o ritmo da recuperação", acrescentou Vale, para quem "o governo morreu em maio de 2017", quando as denúncia de corrupção contra Temer forçaram ele a salvar o mandato, em detrimento de seu programa de reformas.
O resultado, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi positivo em todos componentes do PIB, exceto os gastos governamentais - o que não é necessariamente ruim para Temer, que defende a bandeira do ajuste fiscal.
Contudo, o ritmo de crescimento é considerado fraco pela maioria dos analistas, que avaliam o impacto na economia da greve dos caminhoneiros e da incerteza acerca das eleições presidenciais de outubro.
"O crescimento trimestral de 0,4% do PIB brasileiro é modesto, mas pode aliviar preocupações sobre a estagnação econômica", resumiu o instituto de pesquisa Capital Economics.
"Separadamente, a demanda doméstica parece estar em boa forma. O consumo das famílias expandiu-se em 0,5%, ante o crescimento de 0,1% no quarto trimestre [de 2017], e os investimentos em capital fixo cresceram pelo quarto trimestre consecutivo. As incertezas eleitorais ainda não dissuadiram as empresas de investir", acrescentou.
- Previsões em baixa -Em comparação com o primeiro trimestre de 2017, o PIB da brasileiro - que em 2017 saiu de dois anos de recessão (+1%), registrou um aumento de 1,2%. E no acumulado de quatro trimestre, a expansão é de 1,3%.
Para Sérgio Vale, economista-chefe da consultoria MB Investimentos, esse resultado "virou notícia velha automaticamente" e não muda em nada as expectativas para este ano - com pressão adicional para baixo diante das tensões sociais que o país atravessa.
O governo já reduziu, neste mês, mas antes da greve dos caminhoneiros, suas previsões de crescimento para este ano, de 2,97% a 2,5%. O mercado reduziu a perspectiva a 2,37%. Agora, muitos apostam por em uma expansão inferior a 2%. Sergio Vale reduziu a sua para 1,9%.
"Após a crise dos caminhoneiros vai ser difícil ter um crescimento favorável. E com uma eleição extremamente incerta, com um risco muito grande do que poderia acontecer na economia a partir de 2019", afirmou o economista à AFP.
"Um componente político importante para tirar o ritmo da recuperação", acrescentou Vale, para quem "o governo morreu em maio de 2017", quando as denúncia de corrupção contra Temer forçaram ele a salvar o mandato, em detrimento de seu programa de reformas.
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