Suspeitos são identificados nos Marrocos por assédio sexual na Espanha
Rabat, 19 Jun 2018 (AFP) - A investigação realizada por conta de uma denúncia por assédio sexual apresentada por funcionárias marroquinas empregadas na Espanha para colher morangos levou à identificação de sete suspeitos - quatro marroquinos e três espanhóis -, anunciou nesta terça-feira (19) o governo do Marrocos.
"A Guarda Civil espanhola recolheu declarações de 800 mulheres e as investigações permitiram registrar 12 tentativas de assédio", informou um comunicado do Ministério marroquino do Emprego.
E, para tranquilizar as famílias, destacou que o número de agressões é "muito limitado".
Uma dezena de trabalhadoras sazonais marroquinas apresentou denúncias em maio sobre suas condições de trabalho. Três delas também denunciaram situações de assédio sexual, e outra uma tentativa de estupro, segundo a advogada espanhola Belén Luján, representante destas mulheres que trabalham perto da cidade andaluz de Huelva.
Segundo Luján, muitas marroquinas queriam apresentar denúncias, mas "diziam ter medo", ou retornaram ao Marrocos. Um homem de nacionalidade espanhola já foi acusado por ter ligação com o abuso sexual denunciado, detalhou.
O caso provocou indignação na imprensa marroquina, que se mostrou muito crítica com os responsáveis do governo, acusados de falta de ação.
"Os dois governos estão decididos a continuar as investigações feitas pelas autoridades espanholas", afirmou o comunicado um dia depois do encontro entre o ministro marroquino do Emprego e sua homóloga espanhola em Rabat.
O porta-voz do governo do Marrocos, Mustapha Khalfi, assinalou no final de maio que Rabat não tolerará "nenhuma forma de exploração".
Milhares de estrangeiros trabalham em Andaluzia para a colheita de morangos e outras frutas de fevereiro a maio com "contratos de origem" que lhes obrigam a voltar ao seu país terminada a temporada.
Um deputado do partido espanhol de esquerda radical Podemos, Diego Cañamero, agricultor andaluz, se tornou seu porta-voz e denunciou esta forma de "exploração e às vezes de escravidão moderna".
Cañamero assegurou que os contratos assinados no Marrocos "estipulam 40 euros, mas pagam 36 euros por dia, e o contrato é de seis horas e meias diárias com um dia de descanso por semana, mas não pagam horas extras e não cumprem os descansos".
isb-sof/feb/acc/cb
"A Guarda Civil espanhola recolheu declarações de 800 mulheres e as investigações permitiram registrar 12 tentativas de assédio", informou um comunicado do Ministério marroquino do Emprego.
E, para tranquilizar as famílias, destacou que o número de agressões é "muito limitado".
Uma dezena de trabalhadoras sazonais marroquinas apresentou denúncias em maio sobre suas condições de trabalho. Três delas também denunciaram situações de assédio sexual, e outra uma tentativa de estupro, segundo a advogada espanhola Belén Luján, representante destas mulheres que trabalham perto da cidade andaluz de Huelva.
Segundo Luján, muitas marroquinas queriam apresentar denúncias, mas "diziam ter medo", ou retornaram ao Marrocos. Um homem de nacionalidade espanhola já foi acusado por ter ligação com o abuso sexual denunciado, detalhou.
O caso provocou indignação na imprensa marroquina, que se mostrou muito crítica com os responsáveis do governo, acusados de falta de ação.
"Os dois governos estão decididos a continuar as investigações feitas pelas autoridades espanholas", afirmou o comunicado um dia depois do encontro entre o ministro marroquino do Emprego e sua homóloga espanhola em Rabat.
O porta-voz do governo do Marrocos, Mustapha Khalfi, assinalou no final de maio que Rabat não tolerará "nenhuma forma de exploração".
Milhares de estrangeiros trabalham em Andaluzia para a colheita de morangos e outras frutas de fevereiro a maio com "contratos de origem" que lhes obrigam a voltar ao seu país terminada a temporada.
Um deputado do partido espanhol de esquerda radical Podemos, Diego Cañamero, agricultor andaluz, se tornou seu porta-voz e denunciou esta forma de "exploração e às vezes de escravidão moderna".
Cañamero assegurou que os contratos assinados no Marrocos "estipulam 40 euros, mas pagam 36 euros por dia, e o contrato é de seis horas e meias diárias com um dia de descanso por semana, mas não pagam horas extras e não cumprem os descansos".
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