Trump propõe controlar investimento estrangeiro nos EUA, sem citar China
Washington, 27 Jun 2018 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (27) que apoia endurecer as restrições a investimentos estrangeiros em tecnologia, assim como efetuar controles para a exportação desses bens, mas se absteve de mencionar medidas específicas contra a China.
Após uma reportagem que revelou "assuntos muito sérios", relacionados com as práticas comerciais e de investimento chinesas, Trump decidiu que o plano de aumentar o poder do Comitê de Investimento Estrangeiro dos Estados Unidos (CFIUS) "é a melhor forma de proteger tecnologias sensíveis".
Em comunicado, o presidente alertou que se o Congresso não aprovar uma lei suficientemente forte para proteger "as joias da coroa da tecnologia e a propriedade intelectual americana", tomará mais ações.
Após investigar as práticas chinesas de comércio e investimento durante um ano, a Casa Branca disse no dia 29 de maio que planejava anunciar até 30 de junho "restrições a investimentos específicos e fortalecer os controles de exportação" que teriam como alvo os esforços da China para adquirir "tecnologia industrial significativo".
Contudo, nesta quarta-feira, Trump não mencionou a China e defendeu medidas aplicáveis a qualquer país.
A Câmara dos Representantes aprovou nesta terça-feira um projeto que amplia os poderes do CFIUS, um conjunto de agências presidido pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e também ampliou o tipo de negócios que será monitorado.
Um comitê do Senado estuda uma versão desse projeto, então ambas as Câmaras devem conciliar seus respectivos textos e enviar o definitivo para Trump homologá-lo.
Trump disse que a legislação oferecerá "ferramentas adicionais para combater práticas de investimento predatórias que ameacem nossa liderança tecnológica fundamental, segurança nacional e prosperidade econômica futura".
- Drásticas medidas para investimentos - A mera sugestão de uma possível inspeção do CFIUS pode dar fim a um investimento em potencial. Esse comitê já bloqueou investimentos chineses em semicondutores e na indústria do petróleo e também avaliou investimentos russos em setores nucleares e a compra de uma operadora portuária por capitais de Dubai.
Segundo a empresa de pesquisa e análise Rhodium Group, os investimentos chineses nos Estados Unidos caíram 35% em 2017 em relação ao recorde de 45,6 bilhões do ano anterior. No primeiro trimestre de 2018 eles estavam limitados a apenas 1,4 bilhão de dólares.
Trump também ordenou que o Departamento de Comércio aplicasse novos controles de exportação "para fortalecer uma defesa robusta da tecnologia e da propriedade intelectual" dos Estados Unidos.
A Casa Branca parece ter evitado identificar a China como principal alvo para não assustar os mercados. Especialistas alertaram que ações energéticas contra Pequim poderiam gerar medidas de represália que prejudicariam empresas americanas.
Mesmo assim, Mnuchin disse que os Estados Unidos não amoleceram.
"A quem disser que estamos sendo fracos com a China, a resposta é 'não'", disse. "Mas, por outro lado, não há intenções de tomar a China como alvo. O presidente acredita muito firmemente que devemos defender nossa tecnologia, não importa contra quem".
Mesmo assim, as medidas foram impulsionadas por queixas dos Estados Unidos diante da política de Pequim de obrigar a ceder tecnologia às empresas estrangeiras que queiram se instalar na China.
Após uma reportagem que revelou "assuntos muito sérios", relacionados com as práticas comerciais e de investimento chinesas, Trump decidiu que o plano de aumentar o poder do Comitê de Investimento Estrangeiro dos Estados Unidos (CFIUS) "é a melhor forma de proteger tecnologias sensíveis".
Em comunicado, o presidente alertou que se o Congresso não aprovar uma lei suficientemente forte para proteger "as joias da coroa da tecnologia e a propriedade intelectual americana", tomará mais ações.
Após investigar as práticas chinesas de comércio e investimento durante um ano, a Casa Branca disse no dia 29 de maio que planejava anunciar até 30 de junho "restrições a investimentos específicos e fortalecer os controles de exportação" que teriam como alvo os esforços da China para adquirir "tecnologia industrial significativo".
Contudo, nesta quarta-feira, Trump não mencionou a China e defendeu medidas aplicáveis a qualquer país.
A Câmara dos Representantes aprovou nesta terça-feira um projeto que amplia os poderes do CFIUS, um conjunto de agências presidido pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e também ampliou o tipo de negócios que será monitorado.
Um comitê do Senado estuda uma versão desse projeto, então ambas as Câmaras devem conciliar seus respectivos textos e enviar o definitivo para Trump homologá-lo.
Trump disse que a legislação oferecerá "ferramentas adicionais para combater práticas de investimento predatórias que ameacem nossa liderança tecnológica fundamental, segurança nacional e prosperidade econômica futura".
- Drásticas medidas para investimentos - A mera sugestão de uma possível inspeção do CFIUS pode dar fim a um investimento em potencial. Esse comitê já bloqueou investimentos chineses em semicondutores e na indústria do petróleo e também avaliou investimentos russos em setores nucleares e a compra de uma operadora portuária por capitais de Dubai.
Segundo a empresa de pesquisa e análise Rhodium Group, os investimentos chineses nos Estados Unidos caíram 35% em 2017 em relação ao recorde de 45,6 bilhões do ano anterior. No primeiro trimestre de 2018 eles estavam limitados a apenas 1,4 bilhão de dólares.
Trump também ordenou que o Departamento de Comércio aplicasse novos controles de exportação "para fortalecer uma defesa robusta da tecnologia e da propriedade intelectual" dos Estados Unidos.
A Casa Branca parece ter evitado identificar a China como principal alvo para não assustar os mercados. Especialistas alertaram que ações energéticas contra Pequim poderiam gerar medidas de represália que prejudicariam empresas americanas.
Mesmo assim, Mnuchin disse que os Estados Unidos não amoleceram.
"A quem disser que estamos sendo fracos com a China, a resposta é 'não'", disse. "Mas, por outro lado, não há intenções de tomar a China como alvo. O presidente acredita muito firmemente que devemos defender nossa tecnologia, não importa contra quem".
Mesmo assim, as medidas foram impulsionadas por queixas dos Estados Unidos diante da política de Pequim de obrigar a ceder tecnologia às empresas estrangeiras que queiram se instalar na China.
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