FMI mantém previsão de crescimento mundial e reduz a do Brasil
Washington, 16 Jul 2018 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve nesta segunda-feira (16) sua previsão sobre o crescimento da economia mundial neste ano em 3,9%, mas alertou para os efeitos de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
Na atualização das previsões econômicas feitas em abril, a entidade financeira revisou para baixo a expectativa sobre o desempenho da economia da América Latina, de 2,0% para 1,6%, um corte de 0,4 ponto.
O Fundo destacou que essa redução é o reflexo da necessidade de ajustes na Argentina, do cenário de incertezas políticas no Brasil e das tensões comerciais ainda sem solução entre México e Estados Unidos.
No caso do Brasil, ele assinala que as perspectivas de crescimento são "pouco inspiradoras".
"A economia tem um desempenho abaixo de seu potencial, a dívida pública é alta alta e em elevação e, mais importante, as perspectivas de crescimento de médio prazo permanecem pouco inspiradoras", destaca o FMI.
Para 2018, o FMI espera para o Brasil um crescimento de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB), uma redução de meio ponto em relação à estimativa de abril.
A Argentina foi abalada por uma grave crise financeira no primeiro semestre deste ano que levou o governo a recorrer ao Fundo para obter um crédito de 50 bilhões de dólares.
Contudo, o país continua com inflação elevada e taxa básica de juros de 40% - uma das mais elevadas do mundo.
No caso do México, o FMI manteve inalterada sua expectativa de crescimento em relação à de abril, embora tenha reduzido a previsão para 2019 de 3% para 2,7%.
O organismo apontou que a Venezuela está em um estado de "colapso econômico", com uma hiperinflação inédita desde meados do século passado.
"É muito difícil exagerar a extensão da ruptura na economia venezuelana", disse o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld.
O Fundo já prevê uma retração de dois dígitos nos próximos anos e "aumentamos nossa avaliação sobre o grau de retração", disse ele à imprensa.
Além disso, "estamos vendo uma hiperinflação rivalizada apenas pelo Zimbábue e a grande hiperinflação histórica do período entre guerras".
O organismo não divulgou, porém, dados do país cuja economia atravessa dois anos de recessão.
A projeção para as duas maiores economias do mundo - Estados Unidos e China - se manteve inalterada para este ano, apesar da guerra comercial que elas enfrentam.
Para o FMI, o crescimento dos países desenvolvidos ficará em 2,4% (-0,1 ponto percentual) em 2018, com os Estados Unidos liderando (+2,9%), graças ao impulso da reforma tributária implementada no fim de 2017.
O Fundo também reduziu a expansão prevista para a Eurozona (-0,2 ponto, a 2,2%), devido a prognósticos mais baixos para Alemanha (-0,3 ponto, a 2,2%), França (-0,3 ponto, a 1,8%) e Itália (-0,3 ponto, a 1,2%).
O FMI também não alterou sua expectativa de crescimento da economia mundial para 2019, quando o PIB global também deve crescer 3,9%.
"O risco de que as tensões comerciais atuais se intensifiquem e impactem negativamente a confiança e o investimento representa a maior ameaça ao crescimento mundial no curto prazo", disse Obstfeld.
Na atualização das previsões econômicas feitas em abril, a entidade financeira revisou para baixo a expectativa sobre o desempenho da economia da América Latina, de 2,0% para 1,6%, um corte de 0,4 ponto.
O Fundo destacou que essa redução é o reflexo da necessidade de ajustes na Argentina, do cenário de incertezas políticas no Brasil e das tensões comerciais ainda sem solução entre México e Estados Unidos.
No caso do Brasil, ele assinala que as perspectivas de crescimento são "pouco inspiradoras".
"A economia tem um desempenho abaixo de seu potencial, a dívida pública é alta alta e em elevação e, mais importante, as perspectivas de crescimento de médio prazo permanecem pouco inspiradoras", destaca o FMI.
Para 2018, o FMI espera para o Brasil um crescimento de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB), uma redução de meio ponto em relação à estimativa de abril.
A Argentina foi abalada por uma grave crise financeira no primeiro semestre deste ano que levou o governo a recorrer ao Fundo para obter um crédito de 50 bilhões de dólares.
Contudo, o país continua com inflação elevada e taxa básica de juros de 40% - uma das mais elevadas do mundo.
No caso do México, o FMI manteve inalterada sua expectativa de crescimento em relação à de abril, embora tenha reduzido a previsão para 2019 de 3% para 2,7%.
O organismo apontou que a Venezuela está em um estado de "colapso econômico", com uma hiperinflação inédita desde meados do século passado.
"É muito difícil exagerar a extensão da ruptura na economia venezuelana", disse o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld.
O Fundo já prevê uma retração de dois dígitos nos próximos anos e "aumentamos nossa avaliação sobre o grau de retração", disse ele à imprensa.
Além disso, "estamos vendo uma hiperinflação rivalizada apenas pelo Zimbábue e a grande hiperinflação histórica do período entre guerras".
O organismo não divulgou, porém, dados do país cuja economia atravessa dois anos de recessão.
A projeção para as duas maiores economias do mundo - Estados Unidos e China - se manteve inalterada para este ano, apesar da guerra comercial que elas enfrentam.
Para o FMI, o crescimento dos países desenvolvidos ficará em 2,4% (-0,1 ponto percentual) em 2018, com os Estados Unidos liderando (+2,9%), graças ao impulso da reforma tributária implementada no fim de 2017.
O Fundo também reduziu a expansão prevista para a Eurozona (-0,2 ponto, a 2,2%), devido a prognósticos mais baixos para Alemanha (-0,3 ponto, a 2,2%), França (-0,3 ponto, a 1,8%) e Itália (-0,3 ponto, a 1,2%).
O FMI também não alterou sua expectativa de crescimento da economia mundial para 2019, quando o PIB global também deve crescer 3,9%.
"O risco de que as tensões comerciais atuais se intensifiquem e impactem negativamente a confiança e o investimento representa a maior ameaça ao crescimento mundial no curto prazo", disse Obstfeld.
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