FMI alerta que EUA ficaria vulnerável em guerra comercial
Washington, 18 Jul 2018 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta quarta-feira que os Estados Unidos ficariam em uma posição muito vulnerável se seu comercial provocar medidas generalizadas de represália.
"Embora todos os países fiquem pior em um conflito comercia, a economia dos Estados Unidos é especialmente vulnerável porque muito de seu comércio global será sujeito a medidas de reciprocidade. E o PIB não será o único custo", indicou a diretora-geral do FMI Christine Lagarde em seu blog.
O FMI alerta há meses para os riscos sistêmicos de uma guerra comercial generalizada, depois dos passos iniciais dados por Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo.
Em sua revisão do panorama econômico mundial, divulgado nesta segunda-feira, a entidade alertou que o "risco de que as tensões comerciais se intensifiquem e impactem negativamente na confiança e no investimento representa a maior ameaça para o crescimento mundial a curto prazo".
O governo de Donald Trump já impôs pesadas tarifas às importações de aço e alumínio, além de adotar tarifas contra produtos chineses.
Parceiros comerciais tradicionais, como Canadá, México e União Europeia, além da China, já impuseram taxas sobre bens americanos, no primeiro capítulo de uma etapa de adoção de medidas de represália.
- No 'auge' -Nesta quarta-feira, Lagarde apontou que "as tensões já estão deixando sua marca, mas a extensão do prejuízo dependerá do que farão as pessoas que definem a política".
Lamentavelmente, apontou, a "retórica se tornou realidade".
Lagarde apontou que o FMI realizou simulações para tratar de dimensionar os danos de uma guerra comercial e apontou que as tarifas às importações anunciadas neste ano por vários países gerarão uma redução de 0,1 ponto na produção mundial em 2020.
"Mas se a confiança dos investidores for afetada por essas tarifas, nossa simulação mostra o PIB global poderia ser reduzido em meio ponto", volume equivalente a cerca de 430 bilhões de dólares.
O FMI estima que o crescimento da economia mundial neste ano deverá ser de 3,9%, mas Lagarde apontou que poderia se tratar de um "auge".
Esse crescimento global "já começou a se desacelerar na zona do euro, no Japão e no Reino Unido", apontou Lagarde, acrescentando que a própria economia americana deve ficar mais moderada a médio prazo.
Para completar o cenários, nas economias emergentes o crescimento também desacelerou "em parte como consequência dos aumentos dos preços do petróleo e das pressões monetárias".
- Cenários possíveis -Os técnicos do FMI desenvolveram quatro cenários possíveis para medir os efeitos desta situação a nível global.
O primeiro deles considera as tarifas já adotadas pelos Estados Unidos sobre as importações de aço (25%) e alumínio (10%), assim como uma tarifa de 25% sobre 50 bilhões de dólares em importações de produtos chineses e as medidas de represália anunciadas.
No segundo cenário, o FMI acrescenta a essa equação a tarifa suplementar de 10% que os Estados Unidos pretende adotar para 200 bilhões de dólares em importações chinesas já neste ano.
Para o terceiro cenário possível, os técnicos incorporam tarifas de 25% às importações americanas de automóveis e as medidas de represália que seriam adotadas pelos países afetados.
Por fim, o quarto soma elementos como a ruptura da confiança e uma redução dos investimentos no setor industrial.
De acordo com o FMI, nos três primeiros cenários, os EUA poderiam enfrentar medidas de represália, enquanto os demais países teriam a alternativa de reorganizada seu fluxo de comércio, evitando o cliente americano.
Contudo, no último cenário, o Fundo alerta que o PIB americano sofreria um impacto de -0,8% apenas no primeiro ano, em uma situação que para a Ásia representaria uma queda de -0,7%, para alcançar -0,6% na América Latina e no Japão.
"Embora todos os países fiquem pior em um conflito comercia, a economia dos Estados Unidos é especialmente vulnerável porque muito de seu comércio global será sujeito a medidas de reciprocidade. E o PIB não será o único custo", indicou a diretora-geral do FMI Christine Lagarde em seu blog.
O FMI alerta há meses para os riscos sistêmicos de uma guerra comercial generalizada, depois dos passos iniciais dados por Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo.
Em sua revisão do panorama econômico mundial, divulgado nesta segunda-feira, a entidade alertou que o "risco de que as tensões comerciais se intensifiquem e impactem negativamente na confiança e no investimento representa a maior ameaça para o crescimento mundial a curto prazo".
O governo de Donald Trump já impôs pesadas tarifas às importações de aço e alumínio, além de adotar tarifas contra produtos chineses.
Parceiros comerciais tradicionais, como Canadá, México e União Europeia, além da China, já impuseram taxas sobre bens americanos, no primeiro capítulo de uma etapa de adoção de medidas de represália.
- No 'auge' -Nesta quarta-feira, Lagarde apontou que "as tensões já estão deixando sua marca, mas a extensão do prejuízo dependerá do que farão as pessoas que definem a política".
Lamentavelmente, apontou, a "retórica se tornou realidade".
Lagarde apontou que o FMI realizou simulações para tratar de dimensionar os danos de uma guerra comercial e apontou que as tarifas às importações anunciadas neste ano por vários países gerarão uma redução de 0,1 ponto na produção mundial em 2020.
"Mas se a confiança dos investidores for afetada por essas tarifas, nossa simulação mostra o PIB global poderia ser reduzido em meio ponto", volume equivalente a cerca de 430 bilhões de dólares.
O FMI estima que o crescimento da economia mundial neste ano deverá ser de 3,9%, mas Lagarde apontou que poderia se tratar de um "auge".
Esse crescimento global "já começou a se desacelerar na zona do euro, no Japão e no Reino Unido", apontou Lagarde, acrescentando que a própria economia americana deve ficar mais moderada a médio prazo.
Para completar o cenários, nas economias emergentes o crescimento também desacelerou "em parte como consequência dos aumentos dos preços do petróleo e das pressões monetárias".
- Cenários possíveis -Os técnicos do FMI desenvolveram quatro cenários possíveis para medir os efeitos desta situação a nível global.
O primeiro deles considera as tarifas já adotadas pelos Estados Unidos sobre as importações de aço (25%) e alumínio (10%), assim como uma tarifa de 25% sobre 50 bilhões de dólares em importações de produtos chineses e as medidas de represália anunciadas.
No segundo cenário, o FMI acrescenta a essa equação a tarifa suplementar de 10% que os Estados Unidos pretende adotar para 200 bilhões de dólares em importações chinesas já neste ano.
Para o terceiro cenário possível, os técnicos incorporam tarifas de 25% às importações americanas de automóveis e as medidas de represália que seriam adotadas pelos países afetados.
Por fim, o quarto soma elementos como a ruptura da confiança e uma redução dos investimentos no setor industrial.
De acordo com o FMI, nos três primeiros cenários, os EUA poderiam enfrentar medidas de represália, enquanto os demais países teriam a alternativa de reorganizada seu fluxo de comércio, evitando o cliente americano.
Contudo, no último cenário, o Fundo alerta que o PIB americano sofreria um impacto de -0,8% apenas no primeiro ano, em uma situação que para a Ásia representaria uma queda de -0,7%, para alcançar -0,6% na América Latina e no Japão.
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