Maduro multiplicará por 34 valor do salário mínimo
Caracas, 18 Ago 2018 (AFP) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta sexta-feira que multiplicará por 34 o valor do salário mínimo, como parte de seu programa de recuperação econômica.
Maduro precisou que o mínimo ficará "ancorado" ao valor do petro, a criptomoeda criada pelo governo socialista para obter liquidez.
Cada petro, segundo o presidente, equivale a cerca de 60 dólares, com base no preço do barril do petróleo venezuelano.
"Fixei o salário mínimo, as aposentadorias e a base dos salários para todas as faixas salariais do país em meio petro, 1.800 bolívares (da nova moeda que entrará em vigor na segunda-feira)", revelou Maduro em mensagem à Nação.
Em bolívares de hoje, o salário mínimo passaria a 5,2 milhões (menos de um dólar no câmbio negro) para 180 milhões (cerca de 28 dólares).
Este reajuste, de 3.464%, será o quinto do ano.
O salário mínimo, que não é suficiente para se comprar um quilo de carne, é dissolvido em um país onde a inflação anual deve atingir 1.000.000% em 2018, segundo o FMI.
Apesar de prometer a adoção de um programa de "disciplina fiscal", Maduro disse que o Estado assumirá, por 90 dias, a "diferença" do aumento do salário mínimo para todas as "pequenas e médias indústrias do país", sem precisar como.
"Temos que seguir para uma disciplina fiscal prussiana e eliminar definitivamente a emissão de dinheiro não orgânico e sustentar a emissão de dinheiro na produção de riqueza, de petróleo, de ouro, turismo", disse o presidente.
Maduro também anunciou um aumento do IVA para os bens de luxo de 12% para 16%.
À reconversão monetária, a segunda depois da realizada pelo ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) em 2008, que cortou três zeros do bolívar, também deve ser acompanhada por um aumento do preço da gasolina, subsidiada no país.
O governo manterá o subsídio para os que têm um carnê que dá acesso a benefícios sociais. Os demais consumidores pagarão a gasolina a "preços internacionais", segundo Maduro, que não deu detalhes.
Os interessados deveriam cadastrar seus veículos até esta sexta-feira, o que gerou enormes filas nos pontos de registro.
Segundo o presidente, até agora estão registradas 1.863.750 pessoas para receber a gasolina subsidiada.
Maduro decretou feriado na segunda-feira para a adequação do novo sistema.
Os caixas eletrônicos - indispensáveis na Venezuela para qualquer transação diante da falta de dinheiro em espécie - serão suspensos por até 24 horas a partir das 18H00 local de domingo (22H00 GMT).
A Venezuela enfrenta uma severa crise econômica, traduzida por inflação galopante e escassez de alimentos, gêneros de primeira necessidade e medicamentos.
Maduro precisou que o mínimo ficará "ancorado" ao valor do petro, a criptomoeda criada pelo governo socialista para obter liquidez.
Cada petro, segundo o presidente, equivale a cerca de 60 dólares, com base no preço do barril do petróleo venezuelano.
"Fixei o salário mínimo, as aposentadorias e a base dos salários para todas as faixas salariais do país em meio petro, 1.800 bolívares (da nova moeda que entrará em vigor na segunda-feira)", revelou Maduro em mensagem à Nação.
Em bolívares de hoje, o salário mínimo passaria a 5,2 milhões (menos de um dólar no câmbio negro) para 180 milhões (cerca de 28 dólares).
Este reajuste, de 3.464%, será o quinto do ano.
O salário mínimo, que não é suficiente para se comprar um quilo de carne, é dissolvido em um país onde a inflação anual deve atingir 1.000.000% em 2018, segundo o FMI.
Apesar de prometer a adoção de um programa de "disciplina fiscal", Maduro disse que o Estado assumirá, por 90 dias, a "diferença" do aumento do salário mínimo para todas as "pequenas e médias indústrias do país", sem precisar como.
"Temos que seguir para uma disciplina fiscal prussiana e eliminar definitivamente a emissão de dinheiro não orgânico e sustentar a emissão de dinheiro na produção de riqueza, de petróleo, de ouro, turismo", disse o presidente.
Maduro também anunciou um aumento do IVA para os bens de luxo de 12% para 16%.
À reconversão monetária, a segunda depois da realizada pelo ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) em 2008, que cortou três zeros do bolívar, também deve ser acompanhada por um aumento do preço da gasolina, subsidiada no país.
O governo manterá o subsídio para os que têm um carnê que dá acesso a benefícios sociais. Os demais consumidores pagarão a gasolina a "preços internacionais", segundo Maduro, que não deu detalhes.
Os interessados deveriam cadastrar seus veículos até esta sexta-feira, o que gerou enormes filas nos pontos de registro.
Segundo o presidente, até agora estão registradas 1.863.750 pessoas para receber a gasolina subsidiada.
Maduro decretou feriado na segunda-feira para a adequação do novo sistema.
Os caixas eletrônicos - indispensáveis na Venezuela para qualquer transação diante da falta de dinheiro em espécie - serão suspensos por até 24 horas a partir das 18H00 local de domingo (22H00 GMT).
A Venezuela enfrenta uma severa crise econômica, traduzida por inflação galopante e escassez de alimentos, gêneros de primeira necessidade e medicamentos.
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