Economia brasileira cresce 0,2% no 2º trimestre em relação ao primeiro
Rio de Janeiro, 31 Ago 2018 (AFP) - A economia do Brasil registrou um fraco crescimento trimestral de 0,2% no segundo trimestre deste ano, marcado pela greve de caminhoneiros e pelas crescentes incertezas eleitorais, informou o IBGE nesta sexta-feira.
A estimativa média de 23 economistas consultados pelo jornal Valor Econômico era de um crescimento trimestral de 0,1% da maior economia latino-americana. Em comparação com o mesmo período de 2017, o PIB cresceu 1%.
No período janeiro-março, o crescimento foi de 0,1% em relação ao quarto trimestre de 2017, segundo dados revisados em baixa pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A avaliação anterior era de +0,4%.
Em comparação com o mesmo período de 2017, o PIB abril-junho cresceu 1%. No acumulado de quatro trimestres, 1,4%, precisou o IBGE.
O Brasil saiu em 2017 de dois anos de recessão, com expansão de 1%.
A expectativa inicial do governo de Michel Temer e do mercado era de que neste ano a decolagem se consolidasse, com um aumento do PIB próximo a 3%.
Mas a desconfiança de investidores e consumidores e a greve dos caminhoneiros que paralisaram o país por onze dias reduziram essas projeções pela metade (cerca de 1,5%).
"O contexto de fragilidade política, oportunismo, corporativismo e o cenário político agitado (...) custam pelo menos uma queda de 50% no PIB projetado", analisou a firma de consultoria Infinity Assets.
O movimentado segundo trimestre teve grande impacto no setor, que registrou contração de 0,6% em relação ao trimestre anterior.
A agricultura estagnou (0%), enquanto o setor de serviços, que responde por três quartos do PIB, manteve a economia à tona, com um aumento de 0,3%.
Do lado da demanda, o item mais afetado foi o investimento (formação bruta de capital fixo), que caiu 1,8%. O consumo das famílias aumentou 0,1% e as compras do governo aumentaram 0,5%.
A desconfiança dos investidores é alimentada por pesquisas que mostram que até agora que nenhum candidato identificado com políticas de ajuste fiscal está entre os favoritos para as eleições presidenciais de outubro.
Um programa difícil de vender, num país que tem quase 12,9 milhões de desempregados (12,3% da população ativa) e com quase 5 milhões de pessoas que desistiram de procurar trabalho por causa da fragilidade do mercado de trabalho.
As perspectivas econômicas também foram complicadas pelos sérios problemas financeiros de outros grandes países emergentes, como Argentina e Turquia, que tiveram forte impacto na moeda brasileira.
Até agora este ano, o real desvalorizou mais de 20% em relação ao dólar.
A estimativa média de 23 economistas consultados pelo jornal Valor Econômico era de um crescimento trimestral de 0,1% da maior economia latino-americana. Em comparação com o mesmo período de 2017, o PIB cresceu 1%.
No período janeiro-março, o crescimento foi de 0,1% em relação ao quarto trimestre de 2017, segundo dados revisados em baixa pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A avaliação anterior era de +0,4%.
Em comparação com o mesmo período de 2017, o PIB abril-junho cresceu 1%. No acumulado de quatro trimestres, 1,4%, precisou o IBGE.
O Brasil saiu em 2017 de dois anos de recessão, com expansão de 1%.
A expectativa inicial do governo de Michel Temer e do mercado era de que neste ano a decolagem se consolidasse, com um aumento do PIB próximo a 3%.
Mas a desconfiança de investidores e consumidores e a greve dos caminhoneiros que paralisaram o país por onze dias reduziram essas projeções pela metade (cerca de 1,5%).
"O contexto de fragilidade política, oportunismo, corporativismo e o cenário político agitado (...) custam pelo menos uma queda de 50% no PIB projetado", analisou a firma de consultoria Infinity Assets.
O movimentado segundo trimestre teve grande impacto no setor, que registrou contração de 0,6% em relação ao trimestre anterior.
A agricultura estagnou (0%), enquanto o setor de serviços, que responde por três quartos do PIB, manteve a economia à tona, com um aumento de 0,3%.
Do lado da demanda, o item mais afetado foi o investimento (formação bruta de capital fixo), que caiu 1,8%. O consumo das famílias aumentou 0,1% e as compras do governo aumentaram 0,5%.
A desconfiança dos investidores é alimentada por pesquisas que mostram que até agora que nenhum candidato identificado com políticas de ajuste fiscal está entre os favoritos para as eleições presidenciais de outubro.
Um programa difícil de vender, num país que tem quase 12,9 milhões de desempregados (12,3% da população ativa) e com quase 5 milhões de pessoas que desistiram de procurar trabalho por causa da fragilidade do mercado de trabalho.
As perspectivas econômicas também foram complicadas pelos sérios problemas financeiros de outros grandes países emergentes, como Argentina e Turquia, que tiveram forte impacto na moeda brasileira.
Até agora este ano, o real desvalorizou mais de 20% em relação ao dólar.
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