May viaja a Bruxelas para reta final da negociação do Brexit
Bruxelas, 21 Nov 2018 (AFP) - A primeira-ministra britânica, Theresa May, em meio à batalha para aprovar o acordo de separação da União Europeia (UE), chegou nesta quarta-feira (21) a Bruxelas para a reta final da negociações, a cerca de quatro meses do Brexit.
Às 17h30 locais (14h30 de Brasília), May posou diante da imprensa no Berlaymont, sede da Comissão Europeia, com o presidente Jean-Claude Juncker, antes de abordar a relação futura pós-Brexit, durante um "chá da tarde", nas palavras do porta-voz do Executivo europeu.
Antes de viajar para a capital belga, May disse ao seu Parlamento que um voto negativo a um acordo sobre o Brexit poderia significar um divórcio com "mais incerteza, mais divisão", ou que a Grã-Bretanha poderia acabar continuando na UE, com seus 27 parceiros.
May emitiu um aviso para o setor eurocético do seu Partido Conservador, que expressou consternação na quarta-feira passada sobre a solução encontrada entre Londres e Bruxelas no acordo de divórcio para evitar uma fronteira na ilha da Irlanda.
O projeto de Acordo de Retirada, que encontrou nos últimos dias um novo obstáculo às pretensões espanholas sobre Gibraltar, será "aprovado apesar do que se diz", afirmou nesta manhã, a ministra britânica do Trabalho, Amber Rudd.
- Qual relação? -Os dois líderes vão dialogar sobre a declaração política que deve determinar o futuro relacionamento em ambos os lados do Canal da Mancha, um documento de cerca de 20 páginas em discussão e que, se encerrado, concluirá 17 meses de negociações.
Este documento não vinculativo acompanhará o acordo de separação entre a UE e o Reino Unido após mais de quatro décadas de adesão e estabelecerá as principais linhas de um eventual acordo de livre-comércio que ambas as partes começarão a negociar após o Brexit.
Embora a UE queira "uma ausência de tarifas aduaneiras e de cotas para bens" com o Reino Unido, vários países europeus reiteram que isso não equivale a um cenário como o atual de livre-circulação de produtos, como o governo britânico queria.
A saída dos britânicos está prevista para 29 de março. Contudo, a ruptura definitiva se daria após um período de transição previsto inicialmente até 31 de dezembro de 2020.
Durante este período, em que o Reino Unido continuará na união aduaneira e no mercado único europeu e respeitará as regras da UE, sem direito de fala ou voto, Londres e Bruxelas devem encerrar os seus futuros acordos comerciais, políticos e de segurança.
Uma das incógnitas sobre o futuro é até que data esse período transitório pode ser estendido. O negociador europeu, Michel Barnier, estava aberto à possibilidade de ampliá-lo por mais dois anos, segundo fontes europeias.
Outra questão em aberto, que deve aparecer refletida na declaração política sobre a futura relação, é como tentar garantir o acesso da frota de pesca europeia às águas territoriais do Reino Unido ao final do período de transição.
Depois de resolver a questão irlandesa, com a criação de um "território aduaneiro único" entre a Grã-Bretanha e a UE enquanto uma solução melhor não for alcançada, Gibraltar tornou-se um último empecilho.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, ameaçou não apoiar o acordo de divórcio na cúpula extraordinária agendada no domingo, em Bruxelas, para formalizá-lo, caso o texto não garanta claramente o direito de veto da Espanha sobre Gibraltar.
Às 17h30 locais (14h30 de Brasília), May posou diante da imprensa no Berlaymont, sede da Comissão Europeia, com o presidente Jean-Claude Juncker, antes de abordar a relação futura pós-Brexit, durante um "chá da tarde", nas palavras do porta-voz do Executivo europeu.
Antes de viajar para a capital belga, May disse ao seu Parlamento que um voto negativo a um acordo sobre o Brexit poderia significar um divórcio com "mais incerteza, mais divisão", ou que a Grã-Bretanha poderia acabar continuando na UE, com seus 27 parceiros.
May emitiu um aviso para o setor eurocético do seu Partido Conservador, que expressou consternação na quarta-feira passada sobre a solução encontrada entre Londres e Bruxelas no acordo de divórcio para evitar uma fronteira na ilha da Irlanda.
O projeto de Acordo de Retirada, que encontrou nos últimos dias um novo obstáculo às pretensões espanholas sobre Gibraltar, será "aprovado apesar do que se diz", afirmou nesta manhã, a ministra britânica do Trabalho, Amber Rudd.
- Qual relação? -Os dois líderes vão dialogar sobre a declaração política que deve determinar o futuro relacionamento em ambos os lados do Canal da Mancha, um documento de cerca de 20 páginas em discussão e que, se encerrado, concluirá 17 meses de negociações.
Este documento não vinculativo acompanhará o acordo de separação entre a UE e o Reino Unido após mais de quatro décadas de adesão e estabelecerá as principais linhas de um eventual acordo de livre-comércio que ambas as partes começarão a negociar após o Brexit.
Embora a UE queira "uma ausência de tarifas aduaneiras e de cotas para bens" com o Reino Unido, vários países europeus reiteram que isso não equivale a um cenário como o atual de livre-circulação de produtos, como o governo britânico queria.
A saída dos britânicos está prevista para 29 de março. Contudo, a ruptura definitiva se daria após um período de transição previsto inicialmente até 31 de dezembro de 2020.
Durante este período, em que o Reino Unido continuará na união aduaneira e no mercado único europeu e respeitará as regras da UE, sem direito de fala ou voto, Londres e Bruxelas devem encerrar os seus futuros acordos comerciais, políticos e de segurança.
Uma das incógnitas sobre o futuro é até que data esse período transitório pode ser estendido. O negociador europeu, Michel Barnier, estava aberto à possibilidade de ampliá-lo por mais dois anos, segundo fontes europeias.
Outra questão em aberto, que deve aparecer refletida na declaração política sobre a futura relação, é como tentar garantir o acesso da frota de pesca europeia às águas territoriais do Reino Unido ao final do período de transição.
Depois de resolver a questão irlandesa, com a criação de um "território aduaneiro único" entre a Grã-Bretanha e a UE enquanto uma solução melhor não for alcançada, Gibraltar tornou-se um último empecilho.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, ameaçou não apoiar o acordo de divórcio na cúpula extraordinária agendada no domingo, em Bruxelas, para formalizá-lo, caso o texto não garanta claramente o direito de veto da Espanha sobre Gibraltar.
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