Economia americana cresce 3,5% no terceiro trimestre apesar de queda no consumo
Washington, 28 Nov 2018 (AFP) - A economia dos Estados Unidos cresceu 3,5% no terceiro trimestre, sustentada por um aumento do gasto do governo e dos investimentos, apesar de uma redução no consumo, informou nesta quarta-feira (28) o Departamento de Comércio.
Além do crescimento do PIB de 4,3% no segundo trimestre, o relatório confirma que os cortes de impostos promovidos pelo presidente Donald Trump ajudaram as empresas, embora haja sinais de queda nas compras de automóveis e no consumo das famílias.
O crescimento do PIB do trimestre julho-setembro não sofreu mudanças em relação à sua estimativa inicial do mês passado. Os analistas esperavam uma revisão com pequena alta (3,6%).
Trata-se do melhor crescimento semestral desde meados de 2014.
A crescente taxa de juros e a escassez de mão de obra começam a afetar o mercado imobiliário. De acordo com o relatório, a compra de moradias caiu 2,6% no período, embora seja uma queda muito menor do que a inicialmente apontada.
Já o consumo subiu menos que o estimado no relatório do mês passado, devido fundamentalmente ao menor gasto em automóveis.
Apesar do crescimento robusto, as guerras comerciais impulsionadas por Trump com a China e outros países continuam sendo um obstáculo para a economia americana, com centenas de bilhões de dólares sujeitos a tarifas.
As exportações caíram 4,4% no terceiro trimestre, um ponto percentual a mais do que o estimado originalmente, enquanto as importações subiram 9,2%.
Jim O'Sullivan, da High Frequency Economics, disse que o déficit comercial americano continuou subindo, mas isso foi parcialmente compensado por uma alta dos estoques.
"Nossa estimativa de crescimento para o quarto trimestre continua sendo de 3%, o que está abaixo de 3,5% do terceiro trimestre, mas igualmente é sólido", disse O'Sullivan em uma nota.
- Investimentos de empresas -Muitos economistas esperam um crescimento de 3,1% para este amo e uma desaceleração em 2019 à medida que se dissipem os efeitos dos cortes de impostos e as tarifas afetem as exportações e elevem os preços.
Os preços ainda não geraram um aumento da inflação apesar de as empresas se queixarem dos crescentes custos que devem enfrentar para comprar materiais; entre eles o aço e o alumínio.
Economistas apontam que as investimentos das companhias mantêm o crescimento.
A revisão em baixa dos dados do terceiro trimestre foram compensadas por grandes melhoras no gasto das empresas do governo.
Após mostrar inicialmente uma hesitação, os investimentos fixos das companhias - dinheiro investido em estrutura e equipamentos - subiu 1,4% no trimestre.
O gasto federal em defesa foi maior que o apontado inicialmente mesmo quando os gastos dos estados e os governos locais foi menor.
"O impulso se mantém até o quarto trimestre, com o PIB real tendendo a 3% ao ano; seu maior ritmo desde o começo de 2015", disse Gregory Daco da consultoria Oxford Economics.
Admitiu, entretanto, que o crescimento provavelmente se modere o ano que vem devido o "crescente protecionismo e a desaceleração da atividade global" entre outros fatores.
Além do crescimento do PIB de 4,3% no segundo trimestre, o relatório confirma que os cortes de impostos promovidos pelo presidente Donald Trump ajudaram as empresas, embora haja sinais de queda nas compras de automóveis e no consumo das famílias.
O crescimento do PIB do trimestre julho-setembro não sofreu mudanças em relação à sua estimativa inicial do mês passado. Os analistas esperavam uma revisão com pequena alta (3,6%).
Trata-se do melhor crescimento semestral desde meados de 2014.
A crescente taxa de juros e a escassez de mão de obra começam a afetar o mercado imobiliário. De acordo com o relatório, a compra de moradias caiu 2,6% no período, embora seja uma queda muito menor do que a inicialmente apontada.
Já o consumo subiu menos que o estimado no relatório do mês passado, devido fundamentalmente ao menor gasto em automóveis.
Apesar do crescimento robusto, as guerras comerciais impulsionadas por Trump com a China e outros países continuam sendo um obstáculo para a economia americana, com centenas de bilhões de dólares sujeitos a tarifas.
As exportações caíram 4,4% no terceiro trimestre, um ponto percentual a mais do que o estimado originalmente, enquanto as importações subiram 9,2%.
Jim O'Sullivan, da High Frequency Economics, disse que o déficit comercial americano continuou subindo, mas isso foi parcialmente compensado por uma alta dos estoques.
"Nossa estimativa de crescimento para o quarto trimestre continua sendo de 3%, o que está abaixo de 3,5% do terceiro trimestre, mas igualmente é sólido", disse O'Sullivan em uma nota.
- Investimentos de empresas -Muitos economistas esperam um crescimento de 3,1% para este amo e uma desaceleração em 2019 à medida que se dissipem os efeitos dos cortes de impostos e as tarifas afetem as exportações e elevem os preços.
Os preços ainda não geraram um aumento da inflação apesar de as empresas se queixarem dos crescentes custos que devem enfrentar para comprar materiais; entre eles o aço e o alumínio.
Economistas apontam que as investimentos das companhias mantêm o crescimento.
A revisão em baixa dos dados do terceiro trimestre foram compensadas por grandes melhoras no gasto das empresas do governo.
Após mostrar inicialmente uma hesitação, os investimentos fixos das companhias - dinheiro investido em estrutura e equipamentos - subiu 1,4% no trimestre.
O gasto federal em defesa foi maior que o apontado inicialmente mesmo quando os gastos dos estados e os governos locais foi menor.
"O impulso se mantém até o quarto trimestre, com o PIB real tendendo a 3% ao ano; seu maior ritmo desde o começo de 2015", disse Gregory Daco da consultoria Oxford Economics.
Admitiu, entretanto, que o crescimento provavelmente se modere o ano que vem devido o "crescente protecionismo e a desaceleração da atividade global" entre outros fatores.
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