Europa adota orçamento recorde para novos programas espaciais
Sevilha, Espanha, 28 Nov 2019 (AFP) - A Agência Espacial Europeia (ESA) adotou nesta quinta-feira um orçamento recorde para financiar seus futuros programas, uma aposta com a qual busca continuar sendo um ator relevante no espaço, diante do fortalecimento dos Estados Unidos e da China.
"É um passo de gigante para a Europa", disse à AFP Jean-Yves Le Gall, o presidente da agência espacial francesa CNES.
Os 22 países membros da ESA, reunidos na cidade espanhola de Sevilha, aprovaram um orçamento de 14,4 bilhões de euros para financiar os novos programas, anunciou seu diretor-geral, Ian Wörner.
"Estou feliz, é mais do que havíamos pedido" aos Estados-membros, ou seja 14,3 bilhões de euros, declarou Wörner em coletiva de imprensa.
"Batemos todos os recordes em termos de compromissos financeiros", afirmou Le Gall.
O novo orçamento financiará os novos programas espaciais europeus por uma duração de entre três e cinco anos, e representa uma quantia sem precedentes desde a fundação da Agência, em 1975. A este montante se acrescenta o orçamento aportado pela Comissão Europeia, 16 bilhões de euros em sete anos.
"É um testemunho evidente da nossa ambição comum para com a Europa", comentou a ministra francesa de Pesquisa, Frédérique Vidal, copresidente da reunião ministerial realizada em Sevilha.
A Alemanha é o maior contribuinte, com 3,3 bilhões de euros, na frente da França (2,7 bilhões).
O novo orçamento se inscreve em um contexto internacional marcado pelo fortalecimento dos Estados Unidos e da China, que estão investindo maciçamente na exploração espacial, e inclusive de países emergentes como Índia.
O orçamento americano é mais de cinco vezes superior ao da ESA.
A ESA prevê um fortalecimento das ciências do universo, da exploração (com missões para Marte e para a Lua) e uma melhor observação da Terra, graças ao programa de vigilância da mudança climática, Copernicus, para o qual a agência proverá seis novos satélites.
"A Europa manterá sua liderança mundial neste âmbito" de vigilância, afirmou a ESA.
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