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OMS e FMI: salvar vidas é 'pré-requisito' para salvar postos de trabalho

3.abr.2020 - Funcionário do serviço de limpeza pública faz trabalho de desinfecção nas ruas na cidade de Córdoba, na Argentina, como prevenção à transmissão do novo coronavírus - Salas/EFE
3.abr.2020 - Funcionário do serviço de limpeza pública faz trabalho de desinfecção nas ruas na cidade de Córdoba, na Argentina, como prevenção à transmissão do novo coronavírus Imagem: Salas/EFE

03/04/2020 15h21

Os chefes da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do FMI (Fundo Monetário Internacional) insistiram hoje que salvar vidas é um "pré-requisito" para salvar os meios de subsistência, chamando a pandemia do novo coronavírus de "uma das horas mais sombrias da humanidade".

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disseram que a covid-19 precisa ser controlada primeiro antes de reativar a economia, apesar de admitirem que é difícil encontrar o equilíbrio certo.

A economia mundial foi atingida pelo vírus e paralisações associadas, já que mais da metade da população do planeta vive sob alguma forma de confinamento para retardar a propagação da pandemia.

A covid-19, que surgiu em dezembro na China, matou mais de 53 mil pessoas e mais de um milhão foram infectadas pelo vírus.

"Todos os países enfrentam a necessidade de conter a propagação do vírus à custa de paralisar sua sociedade e sua economia", escreveram Tedros e Georgieva em um artigo conjunto no jornal britânico The Daily Telegraph.

"Salvar vidas ou salvar meios de subsistência? Controlar o vírus é, em qualquer caso, um pré-requisito para salvar meios de subsistência".

Ambos explicaram que, em muitos países, especialmente os mais pobres, os sistemas de saúde não estão "preparados para uma investida" de pacientes com covid-19 e instaram os estados a priorizarem os gastos com saúde.

"O curso da crise global da saúde e o destino da economia mundial estão intrinsecamente entrelaçados. Combater a pandemia é uma necessidade para a economia se recuperar", escreveram eles.

"Nosso apelo conjunto é que, em uma das horas mais sombrias da humanidade, os líderes devem dar um passo em direção às pessoas que vivem em mercados emergentes".

O artigo ressalta que 85 países estão buscando financiamento de emergência do FMI e que a instituição com sede em Washington (EUA) está dobrando sua capacidade de resposta a emergências de US$ 50 bilhões para US$ 100 bilhões. A capacidade total de empréstimo do FMI é de US$ 1 trilhão.