Acusações de corrupção na China quase dobraram em 2019
Pequim, 26 Mai 2020 (AFP) - O número de pessoas julgadas por corrupção na China quase dobrou em 2019 (+90%), segundo um relatório do Ministério Público divulgado nesta terça-feira (26), com a campanha de fortalecimento disciplinar do presidente Xi Jinping como pano de fundo.
Inúmeros funcionários do Partido Comunista chinês foram demitidos desde 2013 e o lançamento, com a ascensão de Xi ao poder, da operação "mãos limpas".
No ano passado, 18.585 pessoas foram processadas por corrupção, ou seja, 90% a mais em relação ao ano anterior, segundo relatórios do Ministério Público Supremo, entregues na segunda-feira aos deputados reunidos atualmente em Pequim, no âmbito da sessão parlamentar anual.
Em dezesseis casos, estavam envolvidos políticos do primeiro escalão, entre chefes provinciais e ministros.
Em 2019, houve cerca de 25.000 ações judiciais por corrupção, desvio de fundos ou subornos, nos quais quase 29.000 pessoas foram condenadas, de acordo com o Ministério Público.
No âmbito desta vasta campanha anticorrupção lançada pelo presidente Xi Jinping, pelo menos 1,5 milhão de funcionários membros do Partido Comunista Chinês (PCC) já foram sancionados, segundo os últimos dados oficiais disponíveis.
Essa operação mostrou-se muito popular entre a opinião pública, cansada dos desvios de verbas públicas, embora também suspeitem que seja utilizada para remover os adversários internos das diretrizes propostas pelo chefe de Estado.
Por outro lado, o Ministério Público também relatou 22 julgamentos, em 2019, vinculados a uma lei controversa sobre mártires, que penaliza qualquer tipo de insulto a pessoas consideradas heróis da história comunista oficial.
As acusações também aumentaram significativamente nos setores de cibercrime (+33%) e de infrações às leis de propriedade intelectual (+32%).
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