Tonelada do cobre alcança US$ 10.311, seu preço mais alto desde 2011
Londres, 7 Mai 2021 (AFP) - Os preços do cobre e do minério de ferro atingiram recordes históricos nesta sexta-feira (7), impulsionados pela forte demanda, especialmente da China, e por um dólar fraco.
O cobre alcançou US$ 10.311 a tonelada na London Metal Exchange (LME), pouco antes das 9h40 GMT (6h40 de Brasília), batendo seu recorde anterior de fevereiro de 2011.
Já o minério de ferro atingiu US$ 202,65, pela primeira vez, segundo o índice de referência elaborado pela S&P Platts desde 2008.
"A alta nos preços das commodities não dá sinais de diminuir", apontaram os analistas do Deutsche Bank.
O apetite pelo metal vermelho vem principalmente da China, que absorve metade da produção mundial, enquanto o minério de ferro se valorizou pela forte demanda por aço, do qual é um componente essencial.
Depois de vários feriados na China após 1º de maio, a demanda explodiu, empurrando os preços para novos recordes.
"O retorno ao trabalho na China permitiu que o minério de ferro atingisse um recorde histórico", disse Julien Hall, analista da S&P Global Platts, acrescentando que "maio é considerado o pico da temporada da construção".
Os preços das commodities também são impulsionados pela desvalorização do dólar, que perdeu mais de 0,5% de seu valor frente a uma cesta de moedas nos últimos três pregões, tornando-o mais atraente para investidores com outras moedas.
Muito utilizado na indústria, especialmente para a fabricação de circuitos elétricos, o cobre também é conhecido por refletir a saúde da economia mundial.
O preço do metal vermelho, que se recuperou de seu mínimo de US$ 4.371 em 2020 em 19 de março, mais que dobrou desde então e está bem acima de seu nível anterior ao início da pandemia do coronavírus.
Da mesma forma, o estanho, usado em circuitos eletrônicos, componentes automotivos e baterias, foi negociado US$ 30.280 a tonelada na LME na quinta-feira, o preço mais alto desde maio de 2011.
O preço do paládio, um metal precioso, atingiu US$ 3.018 a onça pela primeira vez na história, na terça-feira, impulsionado por problemas de oferta em um momento de demanda crescente.
O paládio é usado, principalmente, pela indústria automotiva para fazer catalisadores. Sua demanda tem sido impulsionada por normas antipoluição cada vez mais rigorosas em todo mundo.
O ouro, que vinha caindo desde 1º de janeiro, atingiu um preço acima de US$ 1.800 a onça na quinta-feira, pela primeira vez desde 25 de fevereiro.
bp/jbo/oaa/mas/mar/mr/tt
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