Escassez de combustível preocupa trabalhadores essenciais no Reino Unido
Representantes de associações de médicos, professores e outros trabalhadores essenciais pediram ao governo britânico nesta terça-feira (28) que aja para permitir o reabastecimento, após vários dias de escassez de combustível causada por compras em massa de motoristas.
"Não podemos ficar duas ou três horas na fila quando temos pacientes para atender", disse o vice-presidente da Associação Médica Britânica, David Wrigley, ao canal SkyNews, pedindo às autoridades que tomem medidas nesta terça-feira.
Organizações de médicos, enfermeiras e funcionários penitenciários exigem que trabalhadores essenciais tenham acesso prioritário aos postos de gasolina, onde os britânicos, preocupados com a falta de gasolina, correram para reabastecer nos últimos dias, deixando muitos deles sem combustível.
"Vamos deixar os trabalhadores essenciais reabastecerem primeiro", foi a manchete do The Mirror na terça-feira, enquanto The Sun criticava o executivo de Boris Johnson por "caos" e "confusão".
O governo deve "pôr mãos à obra" diante da crise de combustível e usar poderes de emergência para designar determinados postos de serviços a serem usados por trabalhadores em setores-chave, exigiu a Unison, grande organização que representa o setor público.
Há dias, muitos motoristas causam enormes engarrafamentos nos postos de gasolina. Segundo o governo, foi um movimento de pânico, depois que alguns distribuidores anunciaram o fechamento de bombas por falta de caminhoneiros para transportar combustível dos terminais de armazenamento.
Em resposta à crise, o governo pediu ao Exército na noite de segunda-feira que permaneça preparado para intervir, "se necessário, para estabilizar o fornecimento de combustível".
Anteriormente, já havia anunciado uma flexibilização temporária das normas de imigração pós-Brexit para atrair mais caminhoneiros estrangeiros.
A escassez de caminhoneiros começou há meses, impulsionada pela pandemia e pelo Brexit.
O problema também atinge o abastecimento de supermercados, lanchonetes e bares, entre outros, que relatam atrasos nas entregas e falta de alguns produtos.
De acordo com o parlamentar da oposição trabalhista Nick Thomas-Symonds, a crise de combustível se deve à "total incompetência" do governo e a sua "gestão Brexit".
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