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Venda de passagens aéreas sobe nos EUA apesar de mais caras

22/04/2022 07h25

Nova York, 22 Abr 2022 (AFP) - A venda de passagens aéreas apresenta forte recuperação, apesar da alta dos preços, após uma desaceleração ligada à variante ômicron da covid-19 no início do ano, e meio à disparada dos preços dos combustíveis, pela guerra na Ucrânia.

No primeiro trimestre do ano, as três maiores empresas americanas do setor registraram perdas: US$ 1,6 bilhão, no caso da American Airlines; US$ 1,4 bilhão, da United Airlines; e US$ 940 milhões, da Delta Air Lines.

Mais de dois anos depois do início da crise sanitária mundial, a necessidade de viajar parece tentar os passageiros. Em março passado, American e Delta registraram vendas recordes.

O CEO da United, Scott Kirby, acredita que a demanda esteja em seu nível mais alto desde que entrou neste negócio, há 30 anos.

Segundo números do governo, porém, os preços das passagens aéreas compradas nos Estados Unidos aumentaram consideravelmente nos últimos tempos: 10,7% em março em relação a fevereiro, por exemplo.

Com este aumento, as empresas esperam compensar a disparada nos preço do combustível que é, em geral, a segunda fonte de gastos dessas empresas, depois do pessoal.

"Vimos em março o que era possível (...) com um aumento da demanda, graças à queda das taxas de contágio (da covid-19), à flexibilização das restrições e a uma recuperação" dos viajantes frustrados no auge da pandemia, comentou o novo CEO da American, Robert Isom, em teleconferência.

Desde segunda-feira (18), após uma decisão judicial, os passageiros não são mais obrigados a usar máscaras em aviões dentro dos Estados Unidos, provocando reações mistas dos usuários. Ontem (20), o governo federal anunciou que vai recorrer da decisão.

A American Airlines, que divulgou seus números na quinta-feira (21), disse esperar voltar a registrar lucro no segundo trimestre; a United, ao longo do ano; e a Delta já havia entrado no azul em 2021.

As viagens de negócios, um segmento lucrativo para as empresas, parecem estar voltando a se recuperar. No caso da American, a expectativa é que as vendas de passagens geradas por viagens de negócios retornem, no segundo trimestre, a 90% do que eram antes da pandemia, afirmou Robert Isom.

Os voos internacionais ainda estão um pouco atrasados, e a receita da American neste segmento recuperou apenas 60% do nível de março de 2019.

Os voos para a Cidade do México e Caribe são muito procurados e, com o levantamento gradual das restrições sanitárias, as empresas apostam na volta dos voos transatlânticos e para a América do Sul, destaca Philip Baggaley, analista da S&P Global.

Já o tráfego para o Pacífico segue limitado, devido às rígidas medidas ainda em vigor na China e no Japão.

jum/vmt/rhl/ag/llu/tt

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