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Endividamento das famílias atinge maior nível em 12 anos, aponta entidade

Antes de julho de 2021, índice medido pela CNC nunca havia passado de 70% - Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo
Antes de julho de 2021, índice medido pela CNC nunca havia passado de 70% Imagem: Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo

29/11/2021 12h55Atualizada em 29/11/2021 16h40

O percentual de famílias brasileiras com dívidas em atraso ou não chegou a 74,6% em outubro deste ano, maior patamar da série da Peic (Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, iniciada em janeiro de 2010.

Antes de julho deste ano, a parcela nunca havia superado a marca dos 70%.

Desde julho, no entanto, o percentual de endividados no país, que está há 11 meses em alta, supera os 70%. Os dados foram divulgados hoje pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Em setembro deste ano, o índice havia ficado em 74%. Já em outubro do ano passado, os inadimplentes eram 66,5% das famílias.

Inadimplência

O percentual de inadimplentes, ou seja, famílias que têm contas ou dívidas em atraso, apresentou, em outubro deste ano (25,6%), uma ligeira alta em relação a setembro (25,5%). Houve, no entanto, queda em relação a outubro de 2020 (26,1%).

O percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas ou contas caiu para 10,1% em outubro deste ano, abaixo dos 10,3% do mês anterior e dos 11,9% de outubro do ano passado.

A parcela média da renda comprometida com dívidas manteve-se estável em 30,2%. A maior parte das dívidas (84,9%) é com cartão de crédito. Entre os inadimplentes, o tempo médio de atraso na quitação das dívidas é o menor desde março deste ano: 61,4 dias.