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ETF do Brasil deve ter pior início de ano da história

Ben Bartenstein

26/01/2016 11h39

(Bloomberg) -- Mais notícias ruins para o Brasil: seu maior fundo ETF deverá registrar o pior começo de ano da história com a piora do mal-estar da maior economia da América Latina.

O iShares MSCI Brazil Capped ETF caiu 2,5%, para US$ 17,63, no encerramento das negociações em Nova York, ampliando a queda deste ano para 15%.  

Este é o maior declínio para as primeiras semanas em qualquer ano desde a criação do fundo, em 2000, segundo dados compilados pela agência de notícias Bloomberg. O fundo de US$ 1,6 bilhão registrou um total de US$ 37 milhões em saídas de capital até esta altura de janeiro, indicando que este será o mês com mais saques desde outubro, mostraram os dados.

Os investidores derrubaram o valor dos ativos brasileiros no momento em que a presidente Dilma Rousseff enfrenta obstáculos para reforçar as contas do país em meio à perspectiva para a recessão mais profunda em um século e o crescente escândalo de corrupção.

A piora das finanças do governo ajudou a provocar dois rebaixamentos da classificação de risco do país para especulativo no ano passado, enquanto os níveis de confiança empresarial e do consumidor estão em seus níveis mais baixos na história.

"A perspectiva é extremamente ruim e boa parte disso tem se refletido no ETF do Brasil", disse Tim Ghriskey, que ajuda a administrar US$ 1,5 bilhão como diretor-geral e chefe de investimentos da Solaris Asset Management em Nova York. "A falta de confiança não é um bom sinal para este ano".

O mercado de ações do Brasil ficou fechado na segunda-feira devido ao feriado pelo aniversário de São Paulo, mas algumas das maiores empresas do país caíram nas negociações nos EUA.

As ARDs da Vale, a maior produtora de minério de ferro do mundo, caíram 5,3%, o que ampliou a queda acumulada deste ano para 35%. A Petrobras caiu 3,6% devido à queda forte do petróleo.