Mexicanos trocam ônibus por avião e enchem bolso de aeroportos
(Bloomberg) -- Os operadores aeroportuários do México estão registrando alguns dos melhores retornos das ações do país porque as viagens aéreas estão batendo recordes, impulsionadas pelo combustível barato, por um boom do consumo doméstico e por oscilações de câmbio atraentes para turistas estrangeiros munidos de dólares.
A queda do peso frente ao dólar tornou mais fácil para os turistas dos EUA pagarem férias ensolaradas nas praias de águas mornas e areias macias do México. As vendas de passagens nacionais também estão aumentando à medida que as empresas aéreas de baixo custo reduzem as tarifas, elevam o número de voos e acrescentam novos destinos na tentativa de convencer os passageiros a optarem pelos aviões em detrimento dos ônibus de longa distância.
O aumento do número de passageiros inchou os cofres dos três operadores aeroportuários do México -- OMA, GAP Airports e Asur -- porque essas empresas recebem uma fatia da tarifa paga por cada cliente que compra uma passagem de avião. O número de passageiros aéreos subiu quase metade em cinco anos para o recorde de 74,8 milhões em 2015, de acordo com dados do governo, e o México caminha para registrar o maior total de todos os tempos neste ano.
"Toda vez que alguém compra uma passagem de avião, soa a caixa registradora dos operadores aeroportuários", disse Marco Montañez, analista da Vector Casa de Bolsa que recomenda comprar ações das três empresas aeroportuárias, em entrevista por telefone. A cada cinco anos, os operadores negociam com o governo a possibilidade de elevar as tarifas com base nos planos de investimento em infraestrutura das empresas, disse Montañez.
Boom de viagens
"Depois de diversas tempestades perfeitas, as empresas aéreas puderam fazer grandes investimentos para aumentar a oferta de voos e assentos", disse Pablo Monsivais, analista do Barclays. "De forma geral, isso trouxe benefícios para os operadores aeroportuários".
O GAP e o Asur atribuíram os ganhos no preço de suas ações ao aumento do número de passageiros que viajam por seus aeroportos, ao combustível mais barato e às novas rotas. O OMA não respondeu a um pedido de comentário.
A desvalorização da moeda "tornou os destinos mexicanos mais atraentes para os estrangeiros, em particular para os americanos", disse Montañez. "O ambiente macroeconômico mundial também foi, de certo modo, benigno para os gastos discricionários do consumidor e parte desses gastos foi destinada a viagens".
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