Super Mario Run já não lidera arrecadação em nenhum país
(Bloomberg) -- O entusiasmo inicial em torno do jogo de estreia da Nintendo para dispositivos móveis, o Super Mario Run, parece estar perdendo força.
O título, lançado em 15 de dezembro para aparelhos da Apple, já não era o aplicativo de iOS de maior arrecadação em nenhum país em 24 de dezembro, segundo os dados mais recentes disponibilizados pela empresa de pesquisa App Annie. Uma semana antes, era o app mais rentável em 49 países. Em termos de downloads gratuitos, o jogo ainda ocupava o topo em 88 países, e não mais em 138 países como em 17 de dezembro.
A queda nos rankings pode refletir problemas com o preço do aplicativo: o Super Mario Run pode ser baixado gratuitamente, mas os usuários precisam pagar US$ 10 para avançar pelos três primeiros níveis do jogo. Trata-se de uma mudança em relação ao padrão do setor, em que a maioria dos jogos para dispositivos móveis pode ser jogada gratuitamente, mas encorajando os usuários a comprarem itens dentro do game para acelerar o progresso. Os fãs parecem preferir esse último modelo e têm criticado a falta de conteúdo gratuito no Super Mario Run.
Outro alvo de críticas foi o preço de US$ 10, que muitos usuários afirmaram ser alto demais. Nesse nível, apenas 1 por cento a 2 por cento das pessoas que baixam o jogo compram a versão completa, segundo a empresa Apptopia. Se o preço fosse reduzido a US$ 2, a fatia provavelmente se converteria em 3 por cento a 4 por cento. A empresa de pesquisas estima que o preço mais baixo se traduziria em receita de cerca de US$ 50 milhões para este mês, contra cerca de US$ 30 milhões com o preço atual.
As ações da Nintendo chegaram a subir 4,8 por cento na segunda-feira, talvez porque os investidores já tenham digerido a maior parte das notícias negativas. As ações da companhia caíram 20 por cento de 12 de dezembro até a semana passada, quando o conturbado lançamento do jogo levantou dúvidas a respeito da capacidade da empresa de executar sua estratégia para os dispositivos móveis.
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