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Correção: Votorantim Energia busca parceiro para parques eólicos

Vanessa Dezem

17/05/2017 12h19

(Bloomberg) -- A unidade de energia da Votorantim está procurando um parceiro que ajude o conglomerado brasileiro a acelerar sua expansão em energia eólica no País.

A companhia iniciou conversas internas sobre potenciais investidores, mas ainda não abordou nenhuma empresa, de acordo com Fabio Zanfelice, presidente da Votorantim Energia, com sede em São Paulo. Ele não espera finalizar um possível acordo antes do próximo ano.

A iniciativa chega enquanto a Votorantim espera o início das operações de seu primeiro parque eólico no Brasil, um complexo de 205 megawatts no Piauí que foi adquirido em 2015. As primeiras turbinas já entrarão em funcionamento em junho, e a planta deverá estar finalizada e conectada à rede em janeiro.

"Temos uma grande carteira de projetos e queremos avançar com mais velocidade para fazermos a mesma coisa em menos tempo", disse Zanfelice em entrevista em seu escritório na terça-feira. Um parceiro também ajudaria a diversificar o risco. "Temos experiência em operar em consórcio."

A empresa está investindo R$ 1,13 bilhão (US$ 365 milhões) no complexo eólico. Comprado da Casa dos Ventos Energias Renováveis em 2015, o parque veio com uma opção de compra até 2019 de mais 400 megawatts em projetos eólicos. A Votorantim também está desenvolvendo 11 pequenas usinas hidrelétricas no Brasil, com uma capacidade total de 300 megawatts.

"Não temos a necessidade de sermos acionistas majoritários, mas queremos ser operadores de parques eólicos.", disse Zanfelice. A Votorantim também está avaliando abrir o capital de sua unidade de energia.

A Votorantim SA tem operações em 20 países e produz cimento, metais, suco de laranja e celulose, segundo o site da empresa. A unidade de energia atualmente é a terceira maior comercializadora de energia do Brasil. Ela tem 32 usinas hidrelétricas grandes e cinco usinas termelétricas, com 2,6 gigawatts de capacidade, que em sua maioria é usada em suas próprias operações.

"Estamos abertos a parceiros que queiram investir em energia eólica como um investimento a longo prazo", disse Zanfelice.