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American Airlines testa escâner para permitir laptops em cabines

Mary Schlangenstein e Alan Levin

16/06/2017 12h22

(Bloomberg) -- A American Airlines iniciou na quinta-feira o primeiro teste nos EUA dos novos escâneres de segurança aeroportuária que proporcionam uma visão mais detalhada do interior das bagagens de mão e podem permitir que os viajantes mantenham laptops em suas bolsas.

O escâner TC, que usa tecnologia emprestada do mundo médico, está sendo usado em um posto de controle de segurança no Aeroporto Internacional Phoenix Sky Harbor, informou a companhia aérea em um comunicado. O teste, no terminal 4, está sendo realizado juntamente com a Administração de Segurança no Transporte dos EUA (TSA, na sigla em inglês).

O experimento surge no momento em que o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos estuda se deve expandir a proibição aos aparelhos eletrônicos nas cabines dos aviões, iniciada em algumas rotas internacionais em março. Os escâneres TC são melhores do que os aparelhos de raio-X existentes na detecção de explosivos, o que significa que em algum momento eles poderiam permitir que os passageiros deixassem laptops, outros eletrônicos e possivelmente até líquidos em suas mochilas, o que simplificaria bastante a segurança aeroportuária.

"Nós já usamos esse tipo de tecnologia nas bagagens despachadas e esperamos que essas máquinas menores, de tamanho apropriado para as filas de controle, proporcionem o mesmo nível elevado de segurança", disse o administrador em exercício da TSA, Huban Gowadia, no comunicado.

Um lançamento geral pode demorar algum tempo. Após fracassos em lançamentos anteriores de novos equipamentos, a Administração de Segurança no Transporte exige muitas camadas de testes. Além disso, o Congresso não destinou recursos para grandes compras de aparelhos novos, que custam várias centenas de milhares de dólares cada e exigiriam US$ 1 bilhão ou mais para instalação em milhares de controles de segurança nos EUA.

Alta definição

As máquinas usam tomografia computadorizada para criar uma visão tridimensional de alta definição de dentro de uma bolsa. A imagem pode ser girada para uma análise completa e as bolsas podem ser examinadas camada a camada. O escâner testado pela American foi fabricado pela L3 Technologies.

A proibição de março, que abrange voos de 10 aeroportos do Oriente Médio e do Norte da África para os EUA, veio devido ao temor de que terroristas tenham planejado formas de esconder explosivos em laptops ou em outros dispositivos eletrônicos maiores que um telefone celular. Desde então, o Departamento de Segurança Interna avalia a possibilidade de expandir a proibição para a Europa.

A TSA sancionou um segundo teste no Aeroporto Internacional de Logan em Boston, usando um escâner TC produzido pela Integrated Defense & Security Solutions, disse o CEO da empresa, Joseph Paresi, por e-mail. A máquina foi instalada no início do mês e os agentes da TSA estão sendo treinados para usá-la, disse Paresi. O aparelho já está sendo submetido a testes em Amsterdã.

Se os testes forem bem-sucedidos, a American e a TSA poderão empregar os escâneres TC em outros postos de controle, segundo a companhia aérea com sede em Fort Worth, Texas, EUA.