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Gestor de US$ 42 bi diz que CEO mulher é melhor investimento

Jonas Cho Walsgard

31/07/2017 14h59

(Bloomberg) -- O maior banco da Escandinávia já estudou quase 11 mil empresas de capital aberto em todo o mundo e os resultados são claros como cristal: as firmas comandadas por mulheres mostram desempenhos muito superiores aos do mercado.

São "resultados sólidos", disse Robert Naess, que gerencia US$ 42 bilhões em ações no Nordea Bank e projetou o estudo, por telefone nesta segunda-feira.

A análise do Nordea mostra que as empresas que no fim do ano calendário eram administradas por mulheres (como CEO ou como presidente do Conselho de Administração) passaram a superar o índice de referência nos 12 meses seguintes. Mais especificamente, as empresas lideradas por mulheres deram retorno de 25% ao ano desde 2009, mais do que o dobro dos 11% entregues pelo MSCI World Index, com base em ponderações iguais.

"É possível obter um retorno melhor dessa forma", disse Naess. "Este efeito certamente pode ser permanente."

O estudo não é tão claro em relação ao motivo pelo qual as mulheres CEOs produzem melhores resultados. Naess sugere que as mulheres tendem a ser mais conservadoras em suas previsões, o que deixa mais espaço para surpresas positivas. Naess também afirma que o fato de apenas as mulheres mais capacitadas conseguirem chegar ao topo faz com que tenham mais calibre do que muitos CEOs do sexo masculino.

A Nordea não se limita apenas a divulgar o argumento da diversidade. Naess também pretende que os fundos que ele gerencia reflitam a lógica do estudo. O Nordea Global Stable Equity Fund, que deu retorno de 14% ao ano na última meia década, está ligeiramente acima em relação a empresas comandadas por mulheres, disse Naess.

"Ao analisar uma empresa, uma líder do sexo feminino será um fator positivo na análise total", disse ele.