Energia eólica será livre de subsídio em menos de 5 anos, diz GE
(Bloomberg) -- A energia eólica, tanto em terra quanto no mar, será rentável sem subsídios do governo já no início da próxima década, segundo o chefe do braço de energia renovável da General Electric.
"Dentro de alguns anos, a era dos subsídios terá ficado para trás -- em menos de cinco", disse Jérôme Pécresse, CEO da unidade de energias renováveis da GE, em entrevista na cúpula da Bloomberg New Energy Finance, em Londres, nesta segunda-feira. "Os subsídios estão desaparecendo progressivamente para os empreendimentos em terra e no setor offshore na Europa temos visto alguns projetos concretizados sem subsídios."
O custo da energia eólica vem caindo, sendo que o último leilão no Reino Unido ofereceu projetos offshore que custarão menos do que projetos nucleares. Uma licitação realizada em abril na Alemanha rendeu os primeiros projetos livres de subsídios do setor e desenvolvedoras como a Dong Energy apostam que os preços da energia subirão no país.
A GE fabrica turbinas e também desenvolve projetos. A empresa está se ajustando às mudanças do mercado investindo fortemente em melhorias tecnológicas, produzindo turbinas maiores e mais eficientes, disse Pécresse. Recentemente, a empresa lançou uma turbina de 4,8 megawatts para terra com um rotor aproximadamente do mesmo tamanho de um de seus modelos offshore.
A empresa também está trabalhando para combinar suas turbinas com baterias e planeja vender um sistema híbrido "muito em breve", disse Pécresse.
"Estamos vendo como podemos atuar de forma inteligente nesse segmento, porque está claro que as baterias são uma questão importante para o setor energético", afirmou. "As baterias escaláveis e econômicas criariam a próxima mudança de ritmo na penetração das energias renováveis."
A concorrente da GE, a dinamarquesa Vestas Wind Systems, também afirmou que analisa a adição de armazenamento de energia a suas turbinas. A empresa está conversando com a Tesla sobre o negócio.
Pécresse também prevê que as empresas que assinam acordos de compra de energia com desenvolvedoras de energia renovável terão um papel mais importante daqui para a frente em um momento em que os governos estão reduzindo o envolvimento com o setor.
"Os compradores corporativos são muito importantes no momento no mercado e serão cada vez mais importantes daqui para a frente", disse ele. "Os acordos diretos de compra de energia serão mais importantes."
Empresas como Amazon.com, Apple e Facebook vêm assinando contratos de longo prazo com parques eólicos e solares, fixando um preço para centros de dados e outras atividades de grande consumo de energia, particularmente nos EUA e na Escandinávia.
A GE também está em busca de bolsões de crescimento internacional, com foco nos altos níveis de atividade em algumas partes do Sudeste Asiático, como Vietnã e Tailândia. A empresa também está de olho no Oriente Médio e no Norte da África, em mercados como Arábia Saudita, Turquia, Marrocos e Paquistão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.