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Empresa usa tecnologia para popularizar esportes de aventura

Tim Sohn

31/10/2017 08h10

(Bloomberg) -- No início deste mês, em uma festa em Manhattan para o lançamento do Heli, um novo site para reservar esportes de aventura, a quantidade de pessoas que compareceram encheu os fundadores de esperança: a multidão superou enormemente as expectativas e parecia incluir um bom número de novatos em esqui de helicóptero.

Brandon Darnton, 32, diretor de parcerias da empresa e funcionário número 2, estava no balcão de recepção. Ele olhou para o grupo reunido de homens jovens de boné e sapato social e observou: "Vamos precisar de um lugar maior no ano que vem".

O esqui de helicóptero não é necessariamente o que todos imaginam como diversão -- ser transportado pelo céu para montanhas distantes e passar o dia esquiando por lugares inexplorados sem nenhum outro esquiador à vista, nem nada remotamente parecido com uma trilha. Além do dinheiro para bancar e dos dias de férias para aproveitar essa aventura, o esporte exige níveis de habilidade, aptidão e tolerância ao risco relativamente elevados, o que significa que ele atrai principalmente os esquiadores mais apaixonados, não os frequentadores de resort comuns. Mas os fundadores do Heli estão apostando que existem mais adeptos potenciais por aí e que, se tornarem esse hobby de nicho um pouco mais acessível, eles conseguirão encontrá-los.

Heli pretende desmistificar e agilizar o esporte criando um mercado virtual para reservar viagens. Destina-se a um perfil demográfico mais jovem, mais espontâneo e mais tecnológico do que o típico cliente do esqui de helicóptero. As forças motrizes por trás do Heli -- o fundador e CEO Andy Culp, de 32 anos, e o cofundador Brock Strasbourger, de 30 anos, que se concentra na estratégia digital e no desenvolvimento de produtos -- fazem parte desse público-alvo mais jovem. Culp se dedicava ao esqui em Vail e havia trabalhado como representante de vendas da CMH, a primeira e maior operadora de esqui de helicóptero do mundo. Ele conheceu Strasbourger, nascido em Aspen, que trabalhava no desenvolvimento de produtos para startups de comércio eletrônico, no fim de 2014. A dupla rapidamente criou um vínculo em torno do interesse em esquiar, entre outras coisas, e no último trimestre de 2015 a parceria Heli foi formalizada. Eles conheciam esse pequeno setor o bastante para identificar seu ponto fraco: conquistar novos fãs e conservar o envolvimento deles.

"Nós levamos uma nova clientela para as operadoras", disse Culp, "em uma faixa etária que não necessariamente ligará para um 0800". A multidão no Crosby Hotel naquela quinta-feira era predominantemente masculina, com menos de 35 anos, e parecia estar dividida em três grupos iguais: gente de finanças (calças sociais e camisas de botão), de tecnologia (casacos com capuz e jeans) e afiliados ao setor de esqui (bonés de aba plana). Era exatamente o grupo que os fundadores buscavam.

"A missão do Heli", explicou Culp em um vídeo promocional exibido para a multidão reunida, é "fomentar a união por meio da aventura". O curta-metragem mostrava lindas imagens de esqui, mas também de kitesurf, mergulho, vela, pesca, motocross, BASE jumping e até mesmo de nado com golfinhos. O vídeo falava da ambição do Heli de se expandir para todos os esportes de aventura que puderem ser ajudados pela tecnologia.