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Subsídio de plano de saúde custam US$ 685 bi por ano aos EUA

Emma Ockerman

24/05/2018 12h06

(Bloomberg) -- O governo dos EUA terá um custo de quase US$ 700 bilhões neste ano com os subsídios que ajudam americanos com menos de 65 anos a obter um plano de saúde através de seu emprego ou de programas de saúde patrocinados pelo governo, segundo um relatório do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês).

Os subsídios vêm de quatro categorias principais. Cerca de US$ 296 bilhões são gastos federais em programas como o Medicaid e o Programa de Plano de Saúde Infantil (Chip, na sigla em inglês), que ajudam a garantir a assistência a pessoas de baixa renda. Quase tão grandes são as amortizações tributárias que os empregadores obtêm para fornecer cobertura a seus funcionários. Pessoas aptas para o Medicare, como aquelas com deficiência, respondem por US$ 82 bilhões. Os subsídios para o Obamacare e para outras coberturas individuais são o menor segmento, com US$ 55 bilhões.

No total, os subsídios equivalem a cerca de 3,4 por cento do produto interno bruto dos EUA.

Também conhecido como Lei de Assistência Acessível, o Obamacare reduziu o número de não segurados, mas 29 milhões de pessoas provavelmente ficarão sem cobertura de saúde em um mês médio neste ano, afirmou o CBO. Trinta e cinco milhões de americanos podem não ter cobertura por volta de 2028, uma vez que o aumento dos prêmios e a eliminação da obrigação individual levam mais pessoas a abandonar a cobertura.

Os subsídios da Lei de Assistência Acessível destinam-se a isolar as pessoas do programa dos aumentos de prêmios. O CBO projetou que os prêmios mensais para um plano de categoria média no programa aumentariam 15 por cento até 2019 e cerca de 7 por cento ao ano até 2028.

Uma razão para o aumento dos prêmios são as medidas do presidente Donald Trump. No ano passado, Trump limitou o financiamento para os pagamentos de redução de custos compartilhados feitos às seguradoras pelo Obamacare para ajudar os americanos a bancar os custos de saúde.

O não pagamento desses subsídios, a menor aplicação de uma norma que exige que as pessoas tenham plano de saúde e a concorrência limitada fizeram com que as seguradoras aumentassem seus prêmios em cerca de 34 por cento em 2018, em comparação com 2017. Isso aumentou o custo dos subsídios para o governo federal, de acordo com o CBO.