Onde americanos mais ganharam dinheiro vendendo casas em 2017
(Bloomberg) -- Os americanos que venderam suas casas no mercado mais aquecido do país no ano passado ganharam o suficiente para melhorar de vida e comprar outra residência à vista -- e ainda sobrou para comprar um Tesla.
Os vendedores de San José, Califórnia, tiveram uma mediana de ganhos de 54 por cento com casas compradas nove anos antes, maior aumento de preço entre três dúzias de mercados em relatório divulgado na terça-feira pela provedora de dados imobiliários Zillow. Isso se traduz em um lucro de quase US$ 300.000, confortavelmente superior à mediana atual de preço das residências nos EUA, de US$ 215.000.
A região metropolitana de São Francisco ficou logo atrás, considerando que os vendedores conseguiram um aumento de 46 por cento em relação aos preços pagos no início de 2010. Esse ganho chega a mais de US$ 220.000.
"A baixa oferta de casas à venda manteve a pressão para elevação" dos preços, informou a Zillow no relatório, observando que os compradores estão em situação difícil.
Os vendedores enfrentam seus próprios desafios. No ano passado, pouco mais de 70 por cento procuravam uma nova casa, segundo o relatório. Em cerca de três quartos das áreas metropolitanas estudadas pela Zillow -- especialmente Nova York, Baltimore, Washington e Chicago --, nem mesmo os ganhos robustos de uma venda foram suficientes para pagar os 20 por cento de entrada de uma casa na área. Em Nova York, onde o vendedor típico manteve uma casa por quase 11 anos, a mediana de ganho de 15 por cento, ou US$ 46.000, não chegou nem perto do pagamento de entrada típico de US$ 85.000.
Nos EUA como um todo, onde os vendedores foram donos de suas casas por 8,4 anos, eles tiveram uma mediana de lucro de 21 por cento, ou US$ 39.000, pouco menos do que o pagamento dos 20 por cento de entrada, de US$ 43.000.
Mesmo assim, o economista sênior da Zillow, Aaron Terrazas, observou que os americanos dos mercados mais aquecidos do país "conseguiram lucrar ao venderem suas casas", mantendo "uma vantagem sobre os que compram pela primeira vez, que podem estar chegando com pagamentos de entrada menores".
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