Ações de bancos espanhóis caem após decisão judicial
(Bloomberg) -- As ações das maiores instituições de crédito imobiliário da Espanha desabaram na bolsa de Madri após a Suprema Corte decidir que precisam arcar com um imposto que era tradicionalmente pago pelos clientes.
Os papéis do Bankia chegaram a cair 9,2 por cento, enquanto as ações do Banco Santander (que tem uma grande operação internacional capaz de amortecer o impacto da decisão judicial) recuaram 1,7 por cento. Os bancos registraram as maiores quedas dos índices IBEX 35 e Stoxx Europe 600.
O tribunal superior alterou uma decisão anterior e agora a taxa de documentação dos empréstimos imobiliários precisa ser paga por quem concede o crédito. A taxa varia de região para região, mas gira ao redor de 1.500 euros (US$ 1.728) no caso de um empréstimo de 180.000 euros para compra de um imóvel em Madri, segundo os cálculos do advogado Angel Mejias, do escritório M de Santiago Abogados. O crédito imobiliário é um dos principais ramos de atividade dos bancos espanhóis.
"É mais uma notícia negativa para os bancos, mas a reação do mercado é exagerada porque é muito difícil calcular o impacto da decisão", afirmou a analista do setor bancário da Renta 4, Nuria Alvarez. "As margens já estão pressionadas pelos juros baixos e isso se soma a todo o sentimento negativo em relação aos bancos."
Na Espanha, quem pagou imposto a mais pode tentar reaver o valor referente aos quatro anos anteriores, explicou um porta-voz da Suprema Corte.
Nos últimos anos, houve uma série de sentenças judiciais a favor dos mutuários e às custas dos bancos. Em 2016, o tribunal maior da União Europeia proibiu os bancos de recusar o repasse de valores economizados em empréstimos a juro flutuante quando o juro de referência cai abaixo de determinado patamar.
--Com a colaboração de Thomas Gualtieri.
Repórteres da matéria original: Macarena Munoz em Madri, mmunoz39@bloomberg.net;Todd White em Madri, twhite2@bloomberg.net
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