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Goldman vê vulnerabilidade em 1/3 do índice de crédito de EM

Joanna Ossinger

13/11/2018 14h33

(Bloomberg) -- Os investidores em crédito de mercados emergentes podem ficar especialmente cautelosos com Brasil e Bahrein.

Esses estão entre os países que têm os maiores riscos em uma triagem do Goldman Sachs. O Líbano e o Bahrein têm os piores riscos externos e fiscais, enquanto a Mongólia tem altas vulnerabilidades externas. Egito e Brasil geram cautela nas trajetórias fiscais, escreveu em relatório a analista Sara Grut, neste terça-feira.

"Muitos dos países que têm altas vulnerabilidades externas também têm trajetórias fiscais mais fracas", escreveu Grut. "Os países com um cenário fiscal mais fraco têm classificações de rating mais baixas e constituem um terço do universo de crédito dos mercados emergentes." Ela acrescentou que muitos deles estão atualmente em programas com o Fundo Monetário Internacional, o que reduz o risco até certo ponto.

Os países com tais vulnerabilidades também têm a maior parcela de títulos em dólares dos EUA com vencimento nos próximos três anos, o que pode ser um mau presságio para a classe de ativos, dado o cenário econômico global.

"A maior parte da dívida em dólar (cerca de US$ 89 bi) vem de países onde as vulnerabilidades externas e/ou fiscais são altas, o que aumenta o risco para investidores de crédito de alto rendimento em EM, em meio a taxas de juros crescentes, mas em ambiente de desaceleração do crescimento global", disse Grut.

Para contatar o editora responsável por esta notícia: Marisa Castellani, mcastellani7@bloomberg.net