China estuda reduzir tarifas para peças de jatos: Fonte
(Bloomberg) -- A China discute um plano para reduzir tarifas de peças de avião importadas para aeronaves comerciais desenvolvidas no país, disse uma pessoa familiarizada com o assunto. A medida pode beneficiar também fornecedoras como General Electric e Honeywell International.
A proposta do Ministério de Finanças, que está sendo revisada pelo Conselho de Estado, pode receber aprovação em algumas semanas, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada por discutir assuntos confidenciais sobre políticas. Atualmente, as tarifas de importação aplicadas a componentes de aviação chegam a 1,5 por cento no caso dos países mais favorecidos e a 11 por cento para outros.
O Ministério das Finanças, em Pequim, não respondeu a um pedido de comentário enviado por fax.
A medida ajudaria a reduzir os custos da estatal Commercial Aircraft Corporation of China, que no ano passado realizou o voo de teste inaugural do primeiro avião de passageiros de corredor único produzido localmente -- o C919. A empresa com sede em Xangai, que já começou a entregar um jato regional menor a empresas aéreas locais, está desenvolvendo também uma aeronave de fuselagem larga, batizada de CR929, em colaboração com a Rússia.
O projeto do jato de passageiros faz parte do ambicioso programa "Made in China 2025", do presidente Xi Jinping, que coloca o setor aeroespacial em terceiro lugar na lista de prioridades, depois de tecnologia da informação e robótica. Xi busca transformar o setor de manufatura da China, colocando-o em um nível que permita começar a competir com gigantes como Boeing e Airbus.
A China precisará de 7.690 novos aviões avaliados em US$ 1,2 trilhão nos próximos 20 anos, segundo a Boeing, e a segunda maior economia do mundo deverá superar os EUA como maior mercado de aviação no começo da próxima década.
No caso da fabricação de aeronaves, além dos jatos de passageiros, Pequim está de olho também no desenvolvimento de helicópteros pesados e de vários tipos de motores em cooperação com parceiras internacionais. O efeito disso é que a China precisa adquirir componentes no exterior. O C919, aeronave de corredor único da Comac com 156 a 168 lugares, é construído basicamente com versões adaptadas de peças de outras fabricantes.
Entre as principais fornecedoras do C919 estão GE, Honeywell, Eaton, CFM International -- uma joint venture entre GE e Safran que produz motores --, Arconic e GKN, da Melrose Industries.
O C919 acumulou encomendas e compromissos para mais de 800 aviões de empresas aéreas e arrendadores, a maioria com sede na China continental, segundo a Comac.
A Rolls-Royce Holdings e a GE estão na disputa para fornecer motores para o CR929 de fuselagem larga, que tem como meta uma entrega em meados da próxima década. As fabricantes tentam vender turbinas baseadas nos exemplares usados pelo Airbus A330neo e pelo Boeing 787.
A proposta de reduzir as tarifas sobre os componentes do avião também faz parte da promessa de Pequim de abrir a economia e fomentar o consumo. Em uma importante exposição sobre importações, no começo do mês, Xi disse a uma plateia internacional que seu país está comprometido em cortar ainda mais os impostos de importação e investir mais em bens do exterior, em um sinal de que há novas medidas de estímulo a caminho.
--Com a colaboração de Benjamin D. Katz.
To contact Bloomberg News staff for this story: Haze Fan em Beijing, hfan40@bloomberg.net
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