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Mãe e filho perdem US$ 16 bi com queda de ações da Continental

9.out.2015 - Georg Schaeffler (à esq.) e sua mãe, Maria-Elisabeth Schaeffler (centro), comemoram a entrada do grupo alemão que leva o sobrenome da família na Bolsa de Frankfurt - Ralph Orlowski/Reuters
9.out.2015 - Georg Schaeffler (à esq.) e sua mãe, Maria-Elisabeth Schaeffler (centro), comemoram a entrada do grupo alemão que leva o sobrenome da família na Bolsa de Frankfurt Imagem: Ralph Orlowski/Reuters

Ben Stupples

29/11/2018 15h32

(Bloomberg) -- Os acionistas majoritários da fabricante alemã de autopeças Continental perderam cerca de US$ 16 bilhões (R$ 61,7 bilhões) --mais de metade da fortuna conjunta deles-- no ano até agora.

O presidente da Continental, Georg Schaeffler, e a mãe dele, Maria-Elisabeth Schaeffler-Thumann, que é vice-presidente da companhia, observaram uma queda de 53% em suas fortunas depois que a empresa alertou que custos extras e condições de negócios complicadas na Europa e na Ásia afetariam os lucros. Um executivo sênior disse nesta semana que os desafios persistirão em 2019.

Agora, a fortuna conjunta deles totaliza US$ 14,1 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index, após ter registrado a maior redução de patrimônio deste ano entre as famílias mais ricas da Europa.

Mãe e filho também controlam a Schaeffler, um grupo alemão de engenharia de capital aberto que enfrenta pressões semelhantes às da Continental, a segunda maior fabricante de autopeças do mundo. As ações das duas empresas caíram mais de 40% neste ano.

A Alemanha tem o maior número de bilionários da Europa entre os 500 mais ricos do mundo, como Susanne Klatten, que está entre os principais acionistas da Bayerische Motoren Werke, e Hasso Plattner, cofundador da SAP.

Georg Schaeffler, de 54 anos, herdou 80% da empresa de rolamentos que leva seu sobrenome quando o pai dele faleceu, em 1996, e a mãe herdou o restante. Posteriormente, ele orquestrou uma das maiores aquisições hostis da Alemanha ao comprar a Continental, há dez anos, por mais de US$ 17 bilhões.

Atualmente, ele é a 113° pessoa mais rica do mundo, de acordo com o índice da Bloomberg.

(Com a colaboração de Elisabeth Behrmann)