Empresa oferece parte de uma casa a pequenos investidores
(Bloomberg) -- Uma empresa que comercializa casas unifamiliares de aluguel tem uma nova proposta para pequenos investidores: quer comprar um décimo de uma casa?
A Roofstock está oferecendo uma oportunidade para que os interessados nessa classe de ativos comecem com pouco. A empresa comprará uma casa e a colocará em um fundo, depois venderá participações por apenas US$ 5.000. O objetivo é fornecer aos investidores acesso direto à renda com aluguel - e os benefícios fiscais de possuir um imóvel comercial - ao mesmo tempo em que reduz o valor da compra e elimina inconvenientes, como ter um empréstimo em seu balanço pessoal.
"Nossa ideia geral era criar uma plataforma em que os imóveis pudessem ser negociados como uma ação", disse Gary Beasley, CEO da Roofstock, uma startup de quatro anos com sede em Oakland, Califórnia. "No fim das contas, você pode acessar um site e, depois de alguns cliques, ter uma exposição imobiliária."
A medida é a mais recente tentativa de popularizar estratégias desenvolvidas pelos investidores institucionais após a crise de execuções hipotecárias, quando empresas como a Blackstone Group e a Starwood Property Trust acumularam grandes carteiras de casas de aluguel. À medida que as grandes pechinchas esgotaram, o novo setor se consolidou e as empresas que surgiram para atender aos proprietários de Wall Street passaram a oferecer serviços de administração, finanças e corretagem de imóveis a pequenos investidores.
Beasley personifica mais ou menos essa tendência: ele foi CEO da Waypoint Homes, uma das proprietárias de imóveis que acabaram se fundindo com a gigante do setor Invitation Homes, e depois cofundou a Roofstock. A empresa também negocia vendas de casas de aluguel para investidores maiores, mas se anuncia principalmente como uma força popularizadora que ajuda os pequenos proprietários a investir como instituições.
A Roofstock planeja começar com imóveis na faixa de preço de US$ 100.000 a US$ 200.000, em Atlanta e Indianápolis, usando empréstimos para financiar até a metade do preço de compra. O programa se limita a investidores credenciados, que teoricamente tem experiência suficiente para avaliar o risco de que os reparos domésticos ou a fraqueza dos mercados de aluguel consumam os lucros.
A empresa vai tirar comissões de administração de imóveis e de ativos do aluguel antes de distribuir os retornos. A companhia pretende lançar futuramente um mercado secundário para conectar compradores e vendedores, mas, no curto prazo, vai recomprar as participações dos investidores que quiserem liquidez.
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