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Contratação de pilotas não segura diferença salarial na EasyJet

Irene García Pérez

27/03/2019 15h35

(Bloomberg) -- A EasyJet contratou mais mulheres para pilotar aviões no ano passado, elevando a parcela feminina nos cockpits para 5 por cento. Isso não impediu que a diferença de salários entre homens e mulheres na maior empresa aérea de baixo custo do Reino Unido se ampliasse, porque mais mulheres foram contratadas como comissárias de bordo.

Os funcionários do sexo masculino ganharam, na média, 54,1 por cento a mais do que suas colegas mulheres em 2018. A disparidade foi maior do que no ano anterior, quando estava em 51,7 por cento.

A diferença salarial entre os gêneros nas companhias aéreas costuma ser grande porque as vagas para pilotos, que pagam melhor, são dominadas por homens. Já as mulheres são maioria trabalhando na cabine -- 71 por cento na EasyJet. O setor argumenta que parte do problema é a falta de moças interessadas em pilotar aeronaves.

A companhia britânica tem alardeado seus esforços para diminuir a diferença, afirmando em relatório que as mulheres correspondem a 18 por cento do total de pilotos contratados neste ano. O objetivo é chegar a um quinto em 2020. A EasyJet hoje emprega 222 capitãs e comandantes do sexo feminino, 1,7 vez mais do que em 2015.

A EasyJet teve uma mulher na presidência durante sete anos, até Carolyn McCall sair no início de 2018 para assumir a ITV. As mulheres respondem por mais de um terço do conselho gestor da empresa, que inclui diretoras de operações e marketing. Essa fatia chegará a 45 por cento no terceiro trimestre com a chegada da diretora jurídica Maaike de Bie, que virá da Royal Mail, a operadora do serviço postal britânico.