Presidente do BCE tem 10 dias para avaliar possível estímulo
(Bloomberg) -- Autoridades do Banco Central Europeu estão cada vez mais perto de uma importante decisão sobre novos estímulos diante de dados econômicos conflitantes e divergências sobre o que fazer sobre isso.
Economistas do BCE preparam estimativas para apresentar ao presidente da instituição, Mario Draghi, na semana que vem. Os dados vão mostrar se ainda acreditam que uma recuperação poderia se concretizar no segundo semestre. O Conselho do BCE pode então decidir se deve novamente implementar alguma de suas muitas ferramentas - como uma nova rodada de empréstimos bancários - para impulsionar o crescimento econômico e a inflação.
Alguns formuladores de políticas já estavam perdendo a confiança nesse cenário na decisão de abril, segundo um relato da reunião publicado na semana passada. Os dados desde aquela reunião têm sido inconclusivos, com uma aparente desconexão entre pesquisas e indicadores de mercado que mostram piora da confiança, e números como PIB e consumo doméstico sugerindo resiliência.
"O quadro geral ainda é de crescimento abaixo da tendência", disse Aline Schuiling, economista sênior do ABN Amro Holding, em Amsterdã. "A grande questão é o que o BCE vai fazer. A ata mostrou que há dificuldades em relação às expectativas de inflação, que estão bastante baixas."
Essas expectativas de inflação, que servem para medir a confiança dos investidores na capacidade do BCE de cumprir seu mandato de restaurar a estabilidade de preços, são uma parte crítica do quebra-cabeça. Enquanto tanto o indicador principal e núcleo da inflação superaram as estimativas em abril, e o núcleo foi posteriormente revisado para um nível ainda mais alto, as expectativas continuam a cair.
A Alemanha também é um enigma. Afetada por tensões comerciais que ameaçam as exportações e os problemas domésticos em suas montadoras, a maior economia da zona do euro está longe de ser uma potência no momento. No entanto, o mau humor dos empresários - a confiança está no nível mais baixo desde 2014 - pode ser exagerado. O consumo das famílias registrou o maior salto em quase oito anos no primeiro trimestre, e as exportações foram surpreendentemente fortes.
Repórteres da matéria original: Paul Gordon em Frankfurt, pgordon6@bloomberg.net;Catherine Bosley em Zurique, cbosley1@bloomberg.net
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