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EUA e Europa aceleram esforços para garantir oferta de baterias

David Stringer

08/07/2019 13h51

(Bloomberg) -- Diversos setores em várias partes do mundo estão cada vez mais preocupados com a escassez de oferta de materiais essenciais para a fabricação de baterias para veículos elétricos. Ao mesmo tempo, gastos para expandir a produção disparam, segundo uma empresa responsável por um projeto de US$ 1,5 bilhão na Austrália.

Mais de uma dúzia de investidores já manifestaram interesse em comprar uma participação de até 50% no projeto de níquel-cobalto-escândio Sunrise, da Clean TeQ Holdings, disse o presidente da empresa, Sam Riggall, em entrevista na segunda-feira. O grupo inclui empresas em regiões que, até recentemente, haviam mostrado menos disposição para investir na produção de matérias-primas.

Em entrevista por telefone, Riggall disse que a América do Norte e a Europa começam a perceber que a questão das matérias-primas precisa ser abordada. O executivo afirmou que, nos últimos dois anos, teve de bater em várias portas para chamar a atenção da Europa e da América do Norte, sem muito sucesso. "Nos últimos seis meses, as coisas mudaram dramaticamente."

Em maio, a Volkswagen escolheu a Northvolt, da Suécia, como parceira para iniciar a produção de células de bateria para carros elétricos. Enquanto isso, os governos da Alemanha e da França prometeram financiamento e apoio político aos esforços para estimular uma indústria europeia de fabricação de baterias. Nos EUA, o número de modelos de baterias elétricas disponíveis para consumidores deve dobrar até o fim de 2021, de acordo com a BloombergNEF.

A Clean TeQ, com sede em Melbourne, que no mês passado anunciou a contratação do Macquarie para encontrar um sócio, está avaliando ofertas finais até o fim de setembro para uma participação no projeto Sunrise. O objetivo é concluir a venda até o fim do ano, segundo Riggall.

O domínio da China na fabricação de células de bateria de íons de lítio deverá diminuir até 2025, com mais capacidade adicionada em regiões próximas aos centros de demanda nos EUA e na Europa, segundo relatório da BNEF divulgado em maio.