Forte demanda por coxas de frango eleva preços nos EUA
(Bloomberg) -- Foi-se o tempo em que o peito de frango era a parte preferida dos consumidores nos Estados Unidos. Agora, parece que todo mundo prefere as coxas.
Nos EUA, a produção de coxas de frango está em nível recorde. As vendas de coxas no varejo subiram nove vezes nos últimos 10 anos, e os restaurantes também aumentaram as compras de carne escura, segundo a Tyson Foods, maior processadora de carne dos EUA.
"O paladar dos consumidores está mudando", disse Sabrina Bewley, diretora sênior de marketing e inovação para foodservice avícola da Tyson. "Eles buscam mais pratos latinos, indianos e do leste asiático, que geralmente usam carne escura."
A má fase do peito de frango pode ser atribuída, em parte, à indústria avícola, que criou aves de peito tão grande que alguns desenvolveram uma textura áspera e dura, que passou a ser chamada de "peito amadeirado". A Sanderson Farms, terceira maior produtora de frango dos EUA, disse que está testando a criação de aves com peitos menores. E o diretor-presidente da empresa, Joe Sanderson, disse que as aves reprodutoras com mais carne escura fazem "todo o sentido do mundo".
A automação favorece a carne escura. Robôs conseguem processar melhor a carne escura do que pessoas, enquanto o toque humano ainda é necessário para selecionar as melhores partes da carne do peito, disse Lampkin Butts, diretor operacional da Sanderson. A falta de mão de obra também afeta o setor de carne.
Demanda por coxas
A demanda por coxas de frango é tão alta que os preços ultrapassaram os do peito de frango, tradicionalmente mais caro. Em 10 de julho, meio quilo de peito de frango desossado e sem pele de tamanho jumbo custava US$ 1,13, enquanto a mesma quantidade de coxas desossadas e sem pele era vendida por US$ 1,24, segundo Russ Whitman, vice-presidente sênior da consultoria de commodities Urner Barry.
--Com a colaboração de Olivia Rockeman.
Repórteres da matéria original: Leslie Patton em Chicago, lpatton5@bloomberg.net;Lydia Mulvany em Chicago, lmulvany2@bloomberg.net
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