Equador aposta em projeto de cobre para aumentar exportações
(Bloomberg) -- A ambição do Equador de se tornar uma superpotência de mineração está sendo testada com o início das operações da primeira mina de cobre de grande escala do país.
O projeto Mirador, orçado em US$ 1 bilhão e localizado na província de Zamora-Chinchipe, começou a operar na quinta-feira, disse o vice-ministro de Minas do Equador. A mina a céu aberto de cobre, ouro e prata, controlada por um consórcio chinês, enfrentou atrasos em meio à oposição de grupos ambientalistas e comunidades locais.
A mina é fundamental para a meta do Equador de aumentar as exportações do setor de mineração para US$ 1,89 bilhão até 2021 em relação aos US$ 270 milhões no ano passado, e para quadruplicar a participação do segmento no PIB do país para 4%. É o primeiro passo para repetir a história de crescimento do Chile, que exportou US$ 40 bilhões em produtos de mineração em 2018. Mas o caminho não está livre de desafios.
"É o começo de uma nova era na economia do país", se for administrado com responsabilidade, disse Fernando Benalcazar, vice-ministro de Mineração do Equador, em entrevista por telefone. "Simbolicamente, é o equivalente a quando o presidente recebeu o primeiro barril de petróleo em 1972."
A mina é controlada pela EcuaCorriente, uma joint venture entre Tongling Nonferrous Metals Group e China Railway Construction. A mina deve processar 10 mil toneladas de minerais por dia no curto prazo, com previsão para aumentar o volume para 60 mil dentro de alguns meses, disse o ministro de Recursos, Carlos Perez, durante a inauguração da mina no local. Ao longo da vida útil da mina, os royalties e impostos são estimados em US$ 7,6 bilhões, acrescentou.
O projeto poderia ajudar a aumentar a oferta no mercado de cobre, que deve fechar o ano com déficit de 189 mil toneladas, já que poucos projetos devem entrar em operação e as minas existentes enfrentam interrupções na produção, segundo relatório do Grupo Internacional de Estudo do Cobre.
Repórteres da matéria original: Laura Millan Lombrana em Santiago, lmillan4@bloomberg.net;Stephan Kueffner em Quito, skueffner1@bloomberg.net
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