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Google diz que IA detectaria câncer de mama melhor que médicos

Amy Thomson

02/01/2020 09h32

(Bloomberg) -- A inteligência artificial poderia detectar o câncer de mama com mais precisão do que os médicos, de acordo com um estudo do Google Health.

A leitura da mamografia pela tecnologia reduziu os falsos positivos, onde pacientes saudáveis são diagnosticados erroneamente com a doença, e os falsos negativos, quando o câncer não é detectado, disse o Google, controlado pela Alphabet, em post publicado no blog da empresa na quarta-feira. O sistema reduziu os falsos positivos em 5,7% nos Estados Unidos, segundo dados de mais de 28 mil mamografias realizadas no país e no Reino Unido.

A inteligência artificial é particularmente eficaz na leitura de radiografias, geralmente com melhores resultados do que os obtidos por especialistas. No ano passado, uma pesquisa publicada pelo Google mostrou como a tecnologia poderia ser usada para determinar se o câncer de mama havia se espalhado para os linfonodos próximos, o que ajuda patologistas a fazerem diagnósticos mais precisos.

O Google também está treinando inteligência artificial para ajudar a determinar a probabilidade de um paciente sobreviver ou morrer, com a mineração de milhares de pontos de dados para ajudar a fazer previsões sobre os resultados.

Ainda assim, a empresa descobriu que precisa agir com cuidado ao usar dados dos pacientes. Em 2017, reguladores britânicos disseram que a unidade de inteligência artificial da Alphabet, a DeepMind, violou a lei de proteção de dados do Reino Unido quando testou um aplicativo que analisava registros médicos públicos sem informar os pacientes como suas informações seriam usadas.

As descobertas iniciais para o estudo sobre o câncer de mama foram publicadas na revista Nature. A pesquisa foi realizada em parceria com a DeepMind, bem como com o Centro Imperial de Pesquisa sobre o Câncer do Reino Unido, com a Universidade do Noroeste e com o Royal Surrey County Hospital, informou a empresa no blog.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net