Consumidores chineses assumem liderança em impulso de emergentes
(Bloomberg) -- O maior fator por trás da alta das ações de mercados emergentes este ano não é a trégua comercial EUA-China nem o menor risco geopolítico no Oriente Médio.
É o consumidor chinês.
O índice MSCI Emerging Markets, o indicador de ações usado como referência para países em desenvolvimento, subiu para o maior nível em 19 meses depois de registrar o terceiro melhor desempenho anual da última década. E as estrelas do show são as ações de empresas de consumo discricionário que, como grupo, alcançaram valuation recorde.
É uma grande virada para um setor com o pior desempenho do indicador durante o segundo e o terceiro trimestres do ano passado. As ações que puxaram o desempenho negativo de mercados emergentes na época, Tencent Holdings e Alibaba Group, estão liderando o rali agora.
O mercado chinês responde por 93% e 72% da receita da Tecent e Alibaba, respectivamente.
A valorização de 55% das ações do Alibaba em Nova York em 2019 e a alta de 8,7% desde o início de 2020 levaram o índice de ações do setor de consumo discricionário de mercados emergentes para o nível mais alto desde abril de 2018.
O Alibaba, que era considerado uma ação tecnologia antes de ser reclassificado como papel de consumo há mais de um ano, não está sozinho. Baidu, TAL Education e JD.com estão entre os melhores desempenhos no mês passado. As três empresas obtêm toda a receita no mercado chinês.
Embora a Tencent ainda seja classificada como empresa de tecnologia, seus serviços de Internet têm muito em comum com as ações de consumo. Embora o momentum das ações de tecnologia esteja diminuindo, os papéis ainda superam o índice mais amplo e são negociados perto do maior valuation em uma década.
As ações de mercados emergentes têm sido tradicionalmente impulsionadas por commodities, que foram superadas por empresas financeiras e de tecnologia nos últimos três anos.
Mas esses setores também estão sob ameaça. O peso das ações de consumo discricionário no índice MSCI saltou de 5,4% há uma década para 14,2% agora, graças a empresas chinesas como o Alibaba.
Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
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