Compras de carne de porco da China disparam antes de bloqueio
(Bloomberg) -- As importações de carne de porco da China subiram quase 160% nos dois primeiros meses de 2020 em relação ao ano anterior, para uma média mensal recorde. Os números refletem as compras do governo chinês antes das medidas que fecharam restaurantes devido à propagação do coronavírus.
As importações de janeiro e fevereiro totalizaram 560 mil toneladas, segundo dados alfandegários oficiais, o que eleva a média mensal para um recorde de 280 mil toneladas.
"O volume foi comprado antes do surto do vírus e grande parte foi mantido em armazenamento refrigerado, pois os restaurantes não estavam totalmente abertos", disse Lin Guofa, analista sênior do Bric Agriculture Group, consultoria com sede em Pequim. As compras, realizadas em grande parte por estatais, tiveram como objetivo reduzir os preços da carne suína, disse.
O governo tem liberado estoques de carne de porco nas últimas semanas para tentar aumentar o fornecimento do produto, um alimento básico no país, depois que a peste suína africana reduziu os plantéis de suínos. Cerca de 230 mil toneladas foram vendidas no acumulado do ano contra um total de 170 mil toneladas em 2019, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Reservs de Mercadorias da China.
As importações de carne de porco que incluem miúdos quase dobraram, com alta de 98% nos primeiros dois meses na comparação anual, para 720 mil toneladas, segundo dados alfandegários. As importações de carne bovina nos primeiros dois meses totalizaram 300 mil toneladas, um aumento de quase 42% em relação ao ano anterior.
As importações de milho nos primeiros dois meses subiram 65%, para 930 mil toneladas, segundo os dados. A China importa milho principalmente da Ucrânia, mas, na semana passada, comprou dos EUA para aproveitar a queda dos preços.
©2020 Bloomberg L.P.
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