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UE enfrenta dilema para resposta à China sobre Hong Kong

Alan Crawford, Ania Nussbaum e Arne Delfs

29/05/2020 12h53

(Bloomberg) -- As relações da Europa com a China vão de mal a pior.

A decisão do governo de Pequim de impor leis de segurança nacional em Hong Kong indignou muitos na União Europeia, que veem a medida como um ataque à democracia. Isso coloca governos da UE no centro de um dilema sobre como responder justo quando passam do combate ao coronavírus à recuperação econômica, onde o comércio com a China provavelmente terá papel importante.

Isso deve deixar a Europa em algum lugar no meio, já que os EUA pesam uma série de sanções contra a China por invadir ainda mais as liberdades de Hong Kong. O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, disse nesta semana que as sanções não eram a solução "para nossos problemas com a China". Em carta aos ministros de Relações Exteriores do bloco antes de videoconferência pré-agendada sobre a China na sexta-feira, pediu que eles considerassem "as ferramentas de alavancagem que temos".

No entanto, a irritação europeia é palpável, e há sinais de que as medidas da China podem ter ramificações mais adiante, acelerando os esforços da Europa para adotar uma política industrial mais unificada e influenciando decisões sobre o papel da Huawei Technologies em redes 5G. Um plano de resgate pós-pandemia apresentado pela chanceler alemã Angela Merkel e pelo presidente francês Emmanuel Macron na semana passada visa fortalecer a Europa internamente, mas também contém medidas para que possa enfrentar melhor ameaças externas.

©2020 Bloomberg L.P.