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Cepal: Investimento estrangeiro direto na América Latina subiu 40% em 2010

04/05/2011 18h20

Cidade do México, 4 mai (EFE).- O investimento estrangeiro direto (IED) na América Latina subiu 40% em 2010, com Brasil e México na liderança, e será de 15% a 20% maior em 2011, revelou nesta quarta-feira a Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal).

A organização, que apresentou na Cidade do México seu mais recente relatório de investimento na região, informou que as receitas de IED na América Latina chegaram no ano passado a US$ 112,634 bilhões, e que as transnacionais latino-americanas investiram um "valor histórico" de US$ 43,108 bi no exterior.

A secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse em entrevista coletiva, na qual esteve acompanhada pelo secretário de Fazenda do México, Ernesto Cordero, que o IED mundial cresceu em 2010 apenas 1%. Nesse período, as correntes de investimento estrangeiro rumo aos países desenvolvidos caíram 7%, e as das nações em desenvolvimento cresceram 10%, o que permitiu à América Latina e o Caribe aumentarem sua participação como região receptora de 5% para 10% do total entre 2007 e 2010.

Segundo o relatório, quem mais recebeu investimentos na região foi Brasil, onde o IED teve um aumento recorde de 87% em relação a 2009, com US$ 48,462 bilhões injetados na economia em 2010. Em seguida vieram México (US$ 17,726 bilhões), Chile (US$ 15,095 bi), Peru (US$ 7,328 bi), Colômbia (US$ 6,760 bi) e Argentina (US$ 6,193 bilhões).

Na América Central os fluxos de investimento cresceram em todos os países, exceto em El Salvador, que sofreu redução de 79%, enquanto o Caribe registrou, por sua vez, uma queda de 18%.

O relatório da Cepal destaca que os Estados Unidos continuam sendo o principal investidor na América Latina, responsável por 17% do IED total recebido em 2010, seguido por Holanda (13%), China (9%) e Canadá e Espanha (ambos com 4%).

A organização dedicou um capítulo de seu estudo ao papel da China na região, pelo fato de que em 2010 as empresas desse país investiram cerca de US$ 15 bilhões em nações latino-americanas e caribenhas, principalmente através de fusões e aquisições.