Presidente da China chega ao Oriente Médio para abrir uma nova "rota da seda"
Suliman al-Assad.
Riad, 19 jan (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, começou nesta terça-feira em Riad uma viagem pelo Oriente Médio, que lhe levará também a Egito e Irã, com o objetivo de abrir uma nova rota comercial entre Ásia e Europa, além de mediar nos conflitos regionais.
Xi se reuniu hoje com o rei saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, que organizou um banquete em sua homenagem no Palácio Al Yamamah, no qual estava presente o segundo príncipe herdeiro saudita e ministro da Defesa, Mohammed bin Salman, homem-chave na política externa do reino.
Um dos principais temas da visita de Xi a Riad, assim como das que efetuará posteriormente a Cairo e Teerã, é a iniciativa "Uma faixa, uma rota", que evoca uma espécie de nova "Rota da Seda".
Com ela, Pequim pretende construir uma rede de infraestruturas rumo ao Ocidente, da Ásia à Europa, passando pela África.
Em artigo publicado hoje no jornal estatal egípcio "Al-Ahram", Xi expressou que "se podem vincular as estratégias de desenvolvimento das duas partes (China e Oriente Médio) através da participação na construção de 'uma faixa, uma rota'".
Dito objetivo, indicou Xi, será alcançado mediante a ampliação da cooperação nos âmbitos de energia, comércio, investimento, infraestruturas e alta tecnologia.
Como ponto de partida desse novo caminho de cooperação econômica e comercial, os governos de China e Arábia Saudita assinaram hoje 14 acordos nos setores de turismo, energias renováveis, indústria, ciência, tecnologias e navegação por satélite.
Além disso, rubricaram um memorando de entendimento para cooperar no estabelecimento de um novo reator nuclear e coordenar-se no projeto "Uma faixa, uma rota".
As duas partes ainda assinaram outro memorando sobre o estabelecimento de um mecanismo de consultas para a luta contra o terrorismo, assim como dois acordos de dois empréstimos oferecidos pela Arábia Saudita para projetos no campo ambiental na China.
Em seu encontro, o monarca saudita e o presidente da China tinham previsto debater sobre "o desenvolvimento e a melhora das relações bilaterais no futuro, assim como as questões regionais e internacionais", informou a agência oficial saudita de notícias "SPA", que citou declarações do embaixador chinês em Riad, Li Chengwen.
Além disso, Li acrescentou em entrevista coletiva que a Arábia Saudita é "um dos parceiros mais importantes" da China na região devido a "suas grandes capacidades" em âmbitos como energia, comércio e tecnologia espacial.
Nesse aspecto, o diplomata ressaltou que as trocas comerciais entre Riad e Pequim de janeiro a novembro de 2015 alcançaram US$ 47,6 bilhões, enquanto em 2014 foram de US$ 70 bilhões.
Esses fluxos comerciais podem ser realizados graças em parte às 160 empresas chinesas que operam na Arábia Saudita, segundo os números oferecidos pelo embaixador.
No artigo no jornal "Al-Ahram", Xi lembrou que a China tem relações de associação estratégica com oito países árabes e que é o segundo maior parceiro econômico do mundo árabe, depois que o volume da troca comercial entre ambas partes superou US$ 251 bilhões em 2014.
Esta viagem ao Oriente Médio, que terminará no próximo domingo, é a primeira ao exterior do presidente da China em 2016 e também a primeira que faz à região desde que assumiu o cargo há três anos.
Além disso, acontece no meio da recente escalada de tensão no Oriente Médio, após a crise diplomática surgida entre Arábia Saudita e Irã depois que as autoridades de Riad executaram o clérigo xiita Nimr al Nimr no início do mês, o que motivou o ataque à embaixada saudita em Teerã.
Também está previsto que nas conversas seja abordada a possibilidade de que Teerã provoque uma nova queda do preço do petróleo ao tentar aumentar suas exportações, depois da suspensão das sanções por parte do Ocidente pelo cumprimento do acordo nuclear.
Nesse contexto, o presidente da China tentará usar sua diplomacia para acalmar os ânimos na região, já que Pequim considera a segurança e a estabilidade na região de vital importância.
Riad, 19 jan (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, começou nesta terça-feira em Riad uma viagem pelo Oriente Médio, que lhe levará também a Egito e Irã, com o objetivo de abrir uma nova rota comercial entre Ásia e Europa, além de mediar nos conflitos regionais.
Xi se reuniu hoje com o rei saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, que organizou um banquete em sua homenagem no Palácio Al Yamamah, no qual estava presente o segundo príncipe herdeiro saudita e ministro da Defesa, Mohammed bin Salman, homem-chave na política externa do reino.
Um dos principais temas da visita de Xi a Riad, assim como das que efetuará posteriormente a Cairo e Teerã, é a iniciativa "Uma faixa, uma rota", que evoca uma espécie de nova "Rota da Seda".
Com ela, Pequim pretende construir uma rede de infraestruturas rumo ao Ocidente, da Ásia à Europa, passando pela África.
Em artigo publicado hoje no jornal estatal egípcio "Al-Ahram", Xi expressou que "se podem vincular as estratégias de desenvolvimento das duas partes (China e Oriente Médio) através da participação na construção de 'uma faixa, uma rota'".
Dito objetivo, indicou Xi, será alcançado mediante a ampliação da cooperação nos âmbitos de energia, comércio, investimento, infraestruturas e alta tecnologia.
Como ponto de partida desse novo caminho de cooperação econômica e comercial, os governos de China e Arábia Saudita assinaram hoje 14 acordos nos setores de turismo, energias renováveis, indústria, ciência, tecnologias e navegação por satélite.
Além disso, rubricaram um memorando de entendimento para cooperar no estabelecimento de um novo reator nuclear e coordenar-se no projeto "Uma faixa, uma rota".
As duas partes ainda assinaram outro memorando sobre o estabelecimento de um mecanismo de consultas para a luta contra o terrorismo, assim como dois acordos de dois empréstimos oferecidos pela Arábia Saudita para projetos no campo ambiental na China.
Em seu encontro, o monarca saudita e o presidente da China tinham previsto debater sobre "o desenvolvimento e a melhora das relações bilaterais no futuro, assim como as questões regionais e internacionais", informou a agência oficial saudita de notícias "SPA", que citou declarações do embaixador chinês em Riad, Li Chengwen.
Além disso, Li acrescentou em entrevista coletiva que a Arábia Saudita é "um dos parceiros mais importantes" da China na região devido a "suas grandes capacidades" em âmbitos como energia, comércio e tecnologia espacial.
Nesse aspecto, o diplomata ressaltou que as trocas comerciais entre Riad e Pequim de janeiro a novembro de 2015 alcançaram US$ 47,6 bilhões, enquanto em 2014 foram de US$ 70 bilhões.
Esses fluxos comerciais podem ser realizados graças em parte às 160 empresas chinesas que operam na Arábia Saudita, segundo os números oferecidos pelo embaixador.
No artigo no jornal "Al-Ahram", Xi lembrou que a China tem relações de associação estratégica com oito países árabes e que é o segundo maior parceiro econômico do mundo árabe, depois que o volume da troca comercial entre ambas partes superou US$ 251 bilhões em 2014.
Esta viagem ao Oriente Médio, que terminará no próximo domingo, é a primeira ao exterior do presidente da China em 2016 e também a primeira que faz à região desde que assumiu o cargo há três anos.
Além disso, acontece no meio da recente escalada de tensão no Oriente Médio, após a crise diplomática surgida entre Arábia Saudita e Irã depois que as autoridades de Riad executaram o clérigo xiita Nimr al Nimr no início do mês, o que motivou o ataque à embaixada saudita em Teerã.
Também está previsto que nas conversas seja abordada a possibilidade de que Teerã provoque uma nova queda do preço do petróleo ao tentar aumentar suas exportações, depois da suspensão das sanções por parte do Ocidente pelo cumprimento do acordo nuclear.
Nesse contexto, o presidente da China tentará usar sua diplomacia para acalmar os ânimos na região, já que Pequim considera a segurança e a estabilidade na região de vital importância.
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